sexta-feira, junho 01, 2007

O Futebol e a Altura

Não quero mais subir a Serra. Resta evidente que o ar rarefeito de Caxias foi o maior responsável pela derrota do Grêmio contra os grenás.

Futebol, só ao nível do mar, em estádios climatizados, com a torcida em completo silêncio. Qualquer outra coisa, deve ser chamada por outro nome: "balípodo", "ludopédio", "bolapé", etc...

P.S.: A decisão da FIFA é tão ridícula que, por exemplo, se Cienciano e Bolívar se enfrentarem numa Libertadores ou Sul-Americana, NENHUM dos dois poderá jogar em casa...

P.P.S.: Deve ser a primeira vez em que estou no mesmo lado que Evo Morales!

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sei lá, hein, Sancho? Conheço pessoas que já estiveram na altitude e falaram que a sensação e o desconforto ao respirar é algo indescritível. E a altitude só afeta uma das equipes. Não sei qual é a altitude-limite ideal, parece que tem politicagem (como sempre), mas me parece anti-esportivo dar a um dos adversários uma evidente vantagem extra-campo.

01 junho, 2007 15:23  
Anonymous Anónimo said...

Larga de ser fresco, Edmar!?!? O bom cabrito não berra!! Ou é tudo, ou é nada!! Ou se estabelecem padrões para temperatura, humidade, altitude e o que mais for, ao mesmo tempo, ou a limitação de altitude é inóqua (??). Afinal de contas, sabemos que os efeitos de temperatura e humidade se dão da mesma forma sobre os jogadores que altitude. Larga mão de ser besta, sô!! Você está papagaiando nossos jornalistas!! Blá, blá, blá...

02 junho, 2007 07:58  
Anonymous Anónimo said...

Claro, até porque no Brasil só se joga no verão e no Rio de Janeiro !! Tenho que parar de ser teleguiado por comentaristas esportivos, Marcão.

02 junho, 2007 22:13  
Blogger Luiz Portinho said...

Estou com o Marcos, "o bom cabrito não berra!"... Essa é a maior frescura que já vi na face da terra... Há quanto tempo se realizam jogos na Bolívia e até hoje ninguém nunca morreu ou sequer ficou hospitalizado ?!?!?!?!?! É sacanagem pura com os clubes bolivianos; não tem coisa pior do que jogar fora de casa (ou não tem coisa melhor do que jogar em casa, perto de sua torcida).

05 junho, 2007 01:57  
Anonymous Anónimo said...

Portinho,
Você não está comigo.
Fui irônico.
Concordo com a proibição dos jogos em altitude.

05 junho, 2007 08:19  
Blogger San Tell d'Euskadi said...

Futebol deve ser praticado EM QUALQUER LUGAR. Essa é a essência do esporte. A decisão foi ridiculamente política, adotada por pressão de Brasil e Argentina.

Fator local é "fator" por isso. Os grandes clubes profissionais tem condições de preparar seus jogadores, de conhecê-los a ponto de saber quais se adaptam melhor a que condições.

A ironia do Cabral é absurda. Não há roupa que dê jeito contra frio intenso. E existem jogadores que sentem muito mais os efeitos do calor. Ainda há o problema da extrema umidade ou do clima seco demais, que afetam os rendimentos dos atletas.

Todo o clube deve ter o direito de disputar jogos diante de sua torcida, na sua própria casa!

05 junho, 2007 08:34  
Anonymous Anónimo said...

Ora, mas se há outros locais no mesmo país, igualmente em sua própria casa e diante de sua torcida, em que o fator altitude, que comprovadamente reduz a capacidade respiratória, absolutamente vital para qualquer atleta, em qualquer esporte de competição, porque jogar lá?

É evidente a intenção de tirar proveito do dano à capacidade respiratória dos adversários. Calor e frio influem infinitamente menos, e são fatores sazonais. A altitude não.

05 junho, 2007 11:15  
Anonymous Anónimo said...

PS. Depois de "esporte de competição", incluam um "não influi".

05 junho, 2007 12:50  
Anonymous Anónimo said...

"A ironia do Cabral é absurda. Não há roupa que dê jeito contra frio intenso. E existem jogadores que sentem muito mais os efeitos do calor."
Não sou especialista. Nem você é. Opinei com base em entrevistas de médicos e fisiologistas que assisti na última. Unânimes em afirmar que o fator altidude tem efeito significativamente maior que calor e humidade, por exemplo. Se eles mentiram, se equivocaram, não vi nem li opinião em contrário até agora.
Quanto a decisão ser política. Concordo com você.
Portanto, é uma decisão política, com suporte científico.

05 junho, 2007 12:52  
Anonymous Anónimo said...

que assisti na última...
...semana.

05 junho, 2007 12:53  
Blogger San Tell d'Euskadi said...

Cabral, o efeito pode ser maior para quem não está acostumado (não creio), mas não importa. Clubes e seleções do nível do mar CANSARAM de subir à Quito, La Paz, Cusco, Bogotá e voltar com vitórias.

Na medida em que a medicina esportiva avança, fica mais fácil preparar as equipes para esse tipo de confronto. Sabe-se com antencedência quais jogadores se sentirão melhor e quais não agüentarão o tranco. Sabe-se que os efeitos da altitude são sentidos mais ou menos a partir do dia seguinte e que, após esse período, se leva alguns dias para a adaptação.

Há cidades enormes acima do limite da FIFA. Nesses lugares há pessoas que praticam e amam futebol. Há clubes com torcidas apaixonadas. mas partidas internacionais estão proibidas para elas. Acima de 2.500m é outro esporte.

O fato de não ser sazonal é irrelevante, pois não se joga na altitude toda a hora. Além disso, em locais como Maracaibo e Cúcuta, por exemplo, o calor está presente o ano inteiro, mesmo à noite.

Por fim, Edmar, imagina se o Galo tivesse que mandar seus jogos internacionais em Vitória! É mais ou menos a distância entre La Paz e Santa Cruz de La Sierra...

05 junho, 2007 15:06  
Anonymous Anónimo said...

Sancho, seria uma merda, mas veja bem, não se trata de algo trivial, é um fator que dá uma vantagem física evidente ao time da casa.

Aliás, eu gostaria de saber quantos e quais clubes (para seleções não faz diferença, pode-se jogar em santa Cruz sem problemas)mandam jogos acima de 2.500 m.

Não vale citar timecos de monges do Tibete !!

05 junho, 2007 16:39  
Anonymous Anónimo said...

"...o efeito pode ser maior para quem não está acostumado (não creio), mas não importa."
- Sancho, não é questão de crer ou poder, tomei por base o que li e ouvi de médicos e fisiologistas. Não sou especialista para dizer se é verdade ou não. Com base na opinião dos especialistas, ninguém questionou até agora, concluo que há uma grande vantagem para os locais jogar altitudes elevadas.

"Sabe-se com antencedência quais jogadores se sentirão melhor e quais não agüentarão o tranco."
- E se, por exemplo, 7 titulares de uma uma equipe forem sensíveis aos efeitos da altitude? O que fazer? Consultar a FIFA? Como avaliar a sensibilidade e qual o limite de atletas sensíveis estabelecer?

"Sabe-se que os efeitos da altitude são sentidos mais ou menos a partir do dia seguinte e que, após esse período, se leva alguns dias para a adaptação."
- São sentidos com menos intensidade logo após a chegada. Por isso a maioria das equipes optam por chegar poucas horas antes do jogo. Mas não deixam de ser sentidos. No dia seguinte, é um inferno.

O futebol não é o primeiro esporte a proibir jogos em altitude.

05 junho, 2007 17:18  
Blogger San Tell d'Euskadi said...

Futebol, Cabral, não é um, mas "O" esporte.

Nós, futebolistas, sempre nos vangloriamos que o esporte, coletivo, não é excludente; é agregador. Todos podem praticá-lo.

Não existem pré-requisitos como porte físico ou equipamentos sofisticados. Só se precisa de uma bola e um campo aberto.

Desde o tempo em que a medicina esportiva era nula, clubes e seleções disputavam partidas na altitude. A questão sempre foi tratada como problema de aclimatação. Nos países sul-americanos, para citar dois exemplos, clubes de Guaiaquil e Santa Cruz da Serra, tem de subir a Paz e Quito para partidas regulares num domingo qualquer.

Sofrem tanto quanto jogadores do Flamengo, Vitória, Atlético e Grêmio. Mas será que o físico dos atletas mudam quando a partida é internacional?!

20 junho, 2007 12:09  

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