domingo, agosto 03, 2014

Oferenda Musical de Bach

terça-feira, setembro 03, 2013

O Banquete, de Platão

Por Paulo Roberto Tellechea Sanchotene

Se alguém é como eu e tem a tendência de ler os diálogos platônicos como se Sócrates fosse algo como um "Deus ex machina" que, ao final, explica o que se passa e revela a verdade sobre o assunto tratado, esse alguém não pode estar mais fora da realidade. Como eu disse, eu mesmo cometi esse equívoco anteriormente, e não estou disposto a repeti-lo. [Apesar de eu entender sê-lo inevitável.]

Afirmar que um diálogo platônico tem várias camadas é desmerecê-lo. Eles estão mais para uma mistura entre uma teia-de-aranha e uma mil-folhas. Lê-lo do princípio ao fim – como se deve, na primeira tentativa – é somente mais uma forma de fazê-lo. Caso se queira retirar o máximo deles, faz-se mister engajar-se como um personagem mais. Requer-se um papel ativo por parte do leitor. Sendo assim, os diálogos platônicos são textos vivos, dos quais novos significados emergem através da participação do leitor neles. Todo o enredo altera-se dependendo de como se encaram os textos. Não há uma leitura igual a outra.

O último que li foi "O Banquete". Platão estrutura esse diálogo de maneira a deixar mais explícito o que se disse acima. Logo no início, o leitor é informado de que a história será contada por alguém que a ouviu de outra pessoa que esteve presente no evento relatado. Platão, como escritor, distancia-se enormemente da história que ele escreve. Se alguém não pode nunca confiar inteiramente no Sócrates platônico, como se advoga aqui, no verdadeiro 'telefone-sem-fio' que constitui O Banquete, isso é ainda mais necessário. Ademais, por cima disso, Sócrates não faz um discurso direto. Ele relata uma conversa que teve com Diotima, uma sofista [os quais, normalmente, são os vilões nos textos platônicos]. Ela é quem faz o discurso, são as palavras dela que Sócrates utiliza. Portanto, nesse momento crucial do texto, Platão, o autor, encontra-se escondido atrás de Apolodoro (o narrador), Aristodemo (a testemunha), Sócrates e Diotima.

A dica de como lidar com tamanha bagunça é dada quando já se passam mais da metade da história, quando Sócrates alegadamente afirma que "ninguém pode contestar a verdade", mas "Sócrates é facilmente contestado". Isto é, o leitor necessita desafiar Sócrates do mesmo modo em que ele, Sócrates, faz com todo mundo. Se alguém quiser extrair verdades do diálogo, terá que obrigatoriamente sujar as mãos. Não há outro caminho senão enterrar-se nele. O momento em que isso fica claro é, igualmente, o momento em que toda a segurança do leitor se estraçalha. Tudo o que se sabe é que nada se sabe. Assim é que o método socrático inserido no texto se faz revelar, impondo-se sobre o leitor.

Pode existir diversas maneiras corretas de se ler o diálogo, mas certamente há uma errada: aquela que evita o engajamento com o texto e fica nas definições sem nenhuma preocupação com o contexto. Não há nada n'O Banquete, e isso é verdade para todos os diálogos platônicos, que alguém possa tomar por certo ou errado - embora isso seja comum; ao menos, para mim. Todas as posições navegam numa esfera diferente daquelas, entre a verdade e falsidade: a esfera da ortodoxia ou 'reta opinião' (202). Toda e qualquer posição carrega algo da verdade, e a dificuldade está em discriminá-la da inverdade que também se faz presente. Isso, em essência, é com o que o método socrático se preocupa.

N'O Banquete, uma vez que o Sócrates não se engaja, ele mesmo, num diálogo com outros interlocutores, essa tarefa compete ao leitor. Noutra postagem, eu escreverei sobre o que eu pude desenterrar do texto; especialmente aquilo relacionado à Ciência Política.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Nova Fórmula do Gauchão

Este é o meu clássico de início de ano, e trata-se do desenvolvimento do que eu expusera antes do início do Gauchão do ano passado. Sempre pode-se melhorar alguma coisa.

A vantagem de tornar público uma idéia é que se percebe que aquilo que parecia simples e claro só era "simples e claro" na própria cabeça. Então, eis minha tentativa de por ordem na casa!

Eis como organizaria o futebol gaúcho, projetando uma elite de 44 clubes. Esses clubes pertenceriam a LIGA e seriam os que efetivamente disputariam o campeonato gaúcho durante o espaço previsto no calendário nacional.

Eu não vejo com maus olhos o fato de Noveletto ter criado a Terceira Divisão, mas desde que se faça o trabaçho direito. Fazer isso para deixar os clubes morrerem é ludopedicídio. Ademais, o foco tem que ser um calendário anual que abrace o futebol do estado na sua totalidade: da dupla Gre-Nal à várzea.

As divisões abaixo da Liga têm que incluir as equipes amadoras e devem ser fortemente regionalizada para que sejam viáveis. Esses torneios seriam disputadas de abril a novembro (8 meses) e estariam dentro da pirâmide do futebol gaúcho. Assim, os piores times da Liga (a exceção dos clubes que disputam as Séries A, B e C nacionais que estariam protegidos) seriam rebaixados e os melhores da divisão máxima não-pertencente à liga subiriam. Dito isso, eis como ficaria a LIGA.

O calendário da Liga seria dividido em duas partes, e cada parte teria seus próprios torneios e organização. A primeira parte ("Divisão Especial") corresponderia às datas prevista aos campeonatos estaduais no calendário nacional; já a segunda ("Campeonato Estadual") seria concomitante aos campeonatos das séries A e B nacionais.

CAMPEONATO ESTADUAL (equivalente à atual "Copa FGF")

Os clubes da Liga seriam divididos em duas divisões -"Estadual 'A'" e "Estadual 'B'". As competições seriam disputadas concomitantemente ao campeonato brasileiro. Os times que estão nas séries 'A' e 'B' nacionais jogariam com seus times "B"; todos os demais, entram com os titulares.

O "Estadual A'" teria 16 clubes (como a atual Primeira Divisão), e seria disputado em turno-e-returno (30 datas) por pontos corridos. Definiria representantes na Copa do Brasil, os classificados para a "Taça de Ouro" do "Gauchão Divisão Especial", os representantes do estado na "Série 'D'" nacional e os rebaixados para o "Estadual 'B'" da temporada seguinte.

O "Estadual 'B'" seria composto por duas zonas regionalizadas de 14 clubes. A primeira fase seria disputado em turno-e-returno (26 datas) por pontos corridos dentro das zonas. O título do campeonato seria decidido em série em ida-e-volta (2 datas) entre os dois campeões de zona -que teriam acesso garantido ao "Estadual 'A'" da temporada seguinte. Os piores de cada zona seriam rebaixados, saindo da Liga.

As demais vagas do acesso seriam disputada em torneio mata-mata entre as equipes classificadas entre 2º e 5º de cada zona (4 datas) em cruzamento olímpico. As duas equipes vencedoras disputariam as vagas no Estadual "A" em séries de ida-e-volta (2 datas) contra as equipes colocadas em 13º e 14º lugares do "Estadual 'A'"


Esses torneios por si já garantiriam o funcionamento dos clubes durante todo o calendário; mas falta ainda o que fazer com o Gauchão.

GAUCHÃO DIVISÃO ESPECIAL

O calendário estadual seria denominado as equipes da Liga seriam divididas em dois torneios. O principal se chamaria "Gauchão Coca-Cola Taça de Ouro" (se mantido o atual patrocinador); o outro, "Gauchão Taça de Prata" (na falta de patrocínio, mas grita um Banrisul ali, não?!).

O "Gauchão Taça de Ouro" teria uma fórmula simples: 12 clubes, pontos-corridos em turno único, mais uma rodada de clássicos (12 datas). Participariam os clubes gaúchos das séries A, B e C nacionais, mais os melhores classificados do Campeonato Estadual da temporada anterior. O campeão seria considerado "Campeão Gaúcho".

O "Gauchão Taça de Prata" teria 32 clubes (todos os clubes remanescentes da Liga) divididos regionalmente em 4 grupos com 8 clubes cada. Jogariam em turno único dentro dos grupos mais três jogos contra um adversário de cada outro chave (10 datas). Os campeões de cada chave se classificam para as semifinais, em jogo único. A final -disputada em final-de-semana exclusivo, com transmissão em TV aberta- também seria em jogo único. Como na "Taça de Ouro", há 12 datas.


Das 23 datas atuais, o Gauchão passaria a ter 12! As equipes mais fortes disputariam o torneio mais importante; e as demais veriam fortalecidas as rivalidades regionais e disputariam a chance de decidir um campeonato em TV aberta.

Entretanto, ainda é possível fazer mais. E, assim, entra em cena a "Copa Rio Grande".

COPA RIO GRANDE

Seria disputada durante o calandário estadual, e teria a participação dos 44 clubes da Liga. Torneio eliminatórias, com etapas disputadas em jogos únicos.

Primeira Fase: 24 clubes;
Segunda Fase: 12 classificados, mais os 20 restantes.

Depois, segue-se com oitavas, quartas, semis e final.

A final seria no último final-de-semana previsto para competições estaduais no calendário nacional.

No total, seriam utilizadas 6 datas. O campeão receberia uma vaga na Copa do Brasil.


Das 23 datas disponíveis, seriam utilizadas 19. Em 2012, há seis datas em meio-de-semana, sendo que duas não coincidem com Libertadores nem data-Fifa, as quais seriam utilizadas pela Copa Rio Grande. De resto, apenas partidas nos finais-de-semana (a não ser que haja interesse da TV em puxar UM jogo para a quarta à noite).

Agora sim, deve estar mais claro de entender! Acho até que vale mandar isto novamente para o pessoal do Toda Cancha. Eles não responderam da primeira vez...

quinta-feira, novembro 17, 2011

Tropa de Elite

Vi 'Tropa de Elite 2' ontem, e aproveitei para ler os comentários no blogue do Gaburah (editor do BlaBlaGol). Um ponto passou batido no debate lá. É impossível entender o TE2 sem o primeiro filme em mente. Os dois 'Tropa de Elite' são um filme só. Dito isso, eis o que achei.

Primeiro, ao se ouvir comentário de diretor e ator sobre suas próprias obras, é necessário ter na cabeça que eles NÃO SABEM o que fizeram. Uma obra de arte é resultado de um REGURGITAR emocional, sobre o qual o artista não faz idéia de tudo o que estava trancado. A obra vale por ela, e só por ela. No máximo, o comentário do autor serve de amparo ou ponto-de-partida; nada mais.

O meu maior medo com o TE2 era uma tentativa de o Padilha CONSERTAR o TE1. Fiquei com a impressão que ele tentou, mas não conseguiu. Se o Padilha colocou um defensor dos DD.HH. para fazer grau, falhou maravilhosamente. A primeira impressão de que ele é um sem-noção é a real. O fato de a narração do filme ser em 'flashback' dá a pista. O Ten-Cel Nascimento termina pensando sobre o professor-de-História-defensor-dos-Direitos-Humanos-que-vira-deputado o mesmo que no começo! E não pode ser diferente, porque ele é da laia daqueles com quem o Nascimento briga no primeiro filme.

E, mais, ele faz parte do sistema, ele também está atrás de voto. É expresso no filme: a CPI era a porta de entrada dele no Congresso Nacional. A oposição entre ele e o apresentador de TV é de grau, mas não de gênero. Ambos estão a favor e contra o herói do filme em parte.

Esse filme dá muito o que pensar. Ele é menos escancarado que o primeiro filme. Tudo é muito mais sutil, mas as questões estão lá. E as respostas são muito menos ‘preto’ ou ‘branco’. Vira tudo matizes de cinza; o que complica as coisas, mas deixa muito mais próximo da realidade.

terça-feira, março 22, 2011

Sem direito a reclamações

Corinthians fecha com a Globo pelo TRIPLO -senão mais- do que a emissora pagará ao Grêmio.

Bem-vindos à Espanha (e ao Campeonato Gaúcho). Sem direito a reclamações.

Muito obrigado, diretoria!

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Gauchão (atualizado)

Todos os anos repetem-se os mesmos erros, e nada parece que mudará. Em 2008, já tratara do assunto (Gauchão: querem mudar a fórmula!). Desta vez, lançaram um carnê em já se percebia haver necessidade mudanças. Ainda assim, o tempo passa, e não se sabe que dia será o Grê-Nal, nem onde, e nem o que será feito de Grêmio-São José e São Luiz-Grêmio, marcadas para o mesmo dia da Pré-Libertadores. É muito vinho argentino no corpo de quem organiza esse troço...

Como tampouco mudará minha insistência em sugerir mudanças, segue mais um. Desta vez, no entanto, não serei mirabolante. Optei pelo simples.

I. Do jeito que o calendário está hoje, o campeonato gaúcho deveria chamar-se "Divisão Especial - Gauchão". Usaria a fórmula sugerida em 2008 (turno único, mais uma rodada de clássicos). Seriam 16 datas, e quem somasse mais pontos seria campeão.

Ib. A Copa citada no texto de 2008 continuaria NÃO existindo. Copa estaduais são um sonho maluco (mais maluco do que o meu desejo de ver o futebol gaúcho funcionar). Quem sabe um dia. Hoje, nem pensar.

Ic. Em 2011, o campeonato da Divisão Especial, começaria em 30/1 e só teria partidas aos domingos, terminando em 15 de maio.

II. A "Primeira Divisão" estadual seria disputada concomitantemente ao campeonato brasileiro. Os mesmos 16 clubes se enfrentariam turno-e-returno por pontos corridos (30 datas). As equipes que estão na série A e B poderiam disputar com "times B".

IIb. Em 2011, o campeonato iniciaria em 21/5 (os jogos seriam aos sábados). O primeiro turno terminaria em 20 de agosto (haveria uma rodada de meio-de-semana). O segundo seria de 27 de agosto a 26 de novembro (também haveria uma rodada de meio-de-semana).

IIc. Jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro de qualquer divisão (exceto os de mata-mata) valeriam também pelo Estadual.

III. O rebaixamento seria determinado pela soma dos 46 jogos da temporada ("Divisão Especial - Gauchão, mais Primeira Divisão). As equipes das série A e B nacionais estariam imunes, e os 4 últimos entre os restantes cairiam para a "Segunda Divisão" estadual do ano seguinte.

IV. As divisões inferiores seriam disputadas em 8 meses, entre abril e novembro.

V. Falta decidir como seriam disptribuidas as vagas para a Copa do Brasil e Série D nacional. Aceito sugestões.

Isso seria a melhor coisa que poderia acontecer para os clubes do interior, mas eles seriam os primeiros a não querer. Vai entender!

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Cambismo e Ingresso Eletrônico

Sou plenamente a favor do cambismo. Aliás, acho que os clubes -os maiores interessados na venda dos ingressos- deveriam cuidar desse assunto com mais carinho: recebe a grana e repassa o risco. Ademais, quanto mais cambistas institucionalizados houver-aqueles que não cobram ágio, mas “taxa de conveniência”-, maior é a segurança do comprador de que o ingresso é válido.

Agora, para impedir cambistas, a única solução que imagino é o cartão magnético. Sócio ou não, todo mundo teria uma carteirinha que seria “carregada” para permitir o acesso às partidas cujos ingressos fossem pagos. Cobra-se para cada carteirinha emitida, depois vende-se ingressos com desconto (dedução do valor da carteira). O torcedor poderia utilizar a internet, pontos-de-venda (agências bancárias, lotéricas, lojas, etc.) credenciadas ou bilheterias para carregar sua carteira com o acesso a determinados jogos.

Se quiserem ir mais adiante, em estádios com locais numerados, a catraca poderia IMPRIMIR um recibo com o local adquirido pelo torcedor quando a carteirinha fosse passada pelo leitor.

Há tecnologia para isso no Brasil, sem muito esforço. E tem a vantagem do clube ainda cadastrar o torcedor (ou turista), permitindo análises de perfil e ações de marketing direto.

quinta-feira, outubro 28, 2010

O sonho do PSDB é ser o PT

Reinaldo Azevedo, por exemplo, já começou a perceber:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/grande-noticia-do-dia-quase-ignorada-pela-imprensa-oudeixando-se-pautar-pelo-adversario/

Campanha eleitoral
O eleitor que não é de São Paulo não sabe: uma das teclas na qual o candidato do PT ao governo do estado, Aloizio Mercadante, derrotado no primeiro turno, bateu muito foi justamente a segurança pública — que, para ele, estava fora de controle. Até Marina Silva chegou a dizer algo parecido!!! Dilma Rousseff, e isso todo mundo sabe, também é uma crítica severa da política do PSDB na área. Vale dizer: de maneira organizada, sistemática, o PT ataca o que inequivocamente funciona. Há algum tempo, andei me estranhando com um medalhão da Faculdade de Direito da USP, igualmente petista, que andou dizendo besteiras a respeito. Falarei dele em outro post.

Sim, eu acho, sim, que os tucanos são ruins de propaganda pra caramba. Essa questão nem mesmo foi para o horário eleitoral de Serra — e já não tinha sido usada na de Geraldo Alckmin, em 2006. É que alguns bocós consideram que lidar com essas coisas tira o caráter, digamos, “progressista” dos candidatos. Há três eleições, a marquetagem tucana é feita para tentar ganhar votos da esquerda, que, não obstante, votará no PT. O homem comum, esse que anda na rua, que quer segurança pública eficiente, acaba ignorado. Lei e ordem são coisas “de direita”, dizem os colunistas de clichês.

As pesquisas todas apontam que o PSDB perderá a eleição no domingo. Pode ser. Se acontecer, muitas razões poderão ser apontadas (não se joga sozinho, por exemplo), mas uma delas disputa o primeiro lugar nas motivações: a vergonha que os tucanos têm de exaltar os próprios feitos, deixando-se pautar pela agenda do adversário.


Se deixam pautar porque concordam com a agenda! Esse é o ponto...

Tudo o que os tucanos gostariam é que eles fossem "O" partido de esquerda, tendo o PT como sua ala mais "progressista", e houvesse um partido conservador contra quem eles disputassem eleições e alternassem governância. Eles se sentem desconfortáveis em ter que assumir o outro papel, porque o espaço que eles querem já está tomado pelo PT.


A poucos dias saiu uma entrevista com Almino Affonso no Valor Econômico que toca nas raízes comuns entre o PSDB e o PT. E, parece, há muitos "affonsos" que ficaram no partido e encontram-se entre os cardeais do tucanato. São esses que impedem o partido de se "conservadorizar" e se tornar uma real alternativa dita de direita no país, aproximando-se daquela parcela do eleitorado alijada da disputa eleitoral por não ter identificação política com candidato nenhum (no máximo, eles encontram uma identificação afetiva nalgum líder carismático).

Dos Democratas, quem deveria ter aproveitado o nicho, não se pode esperar nada. Depois da guinada à esquerda que a própria mudança de nome caracteriza, o partido tornou-se mera ala do PSDB com certa independência e legenda própria, porém completamente acéfalo.

sexta-feira, setembro 17, 2010

O desinteresse nacional do PSDB (oposições)

O PSDB deve manter os governos de São Paulo e Minas Gerais (provavelmente no Primeiro Turno). Somando-se o governo do Paraná e a prefeitura de São Paulo, cuja gestão é do Democratas, e a oposição sairá dessa eleição com algum espaço para respirar. E, oposição, deixemos claro, é apenas o PSDB. O Democratas é um "PSDB 'B'", e o resto já são braços institucionais petistas.

Entretanto, o que espanta nesse domínio tucano nos dois principais estados brasileiros, é a total falta de correlação com a eleição nacional. Se Serra fizesse votação parecida com Alckmin e Anastasia, não haveria dúvida de que a eleição presidencial chegaria ao Segundo Turno. A torpeza das oposições nesses últimos oito anos, aliado ao fato de Serra estar desacompanhado de seu próprio partido em SP e MG, obriga-se a qualquer um a pensar o que de fato desejam as lideranças do PSDB?!

Eu, por ora, não faço idéia...

quinta-feira, setembro 02, 2010

Mais recente jóia da base gremista

Golaços do artilheiro. Este aqui promete!










E ainda vai trazer muitas alegrias mais!

quarta-feira, junho 16, 2010

Os especialistas da Imprensa têm razão...

Contra retrancas, o correto é fazer como a Espanha!

quarta-feira, junho 09, 2010

Dunga NÃO é de "morrer abraçado"

Muito se fala dos problemas apresentados pela Seleção, especialmente quanto ao (baixo) rendimento de M. Bastos, G. Silva e F. Melo. Pelo teor das entrevistas da comissão técnica, os problemas não foram despercebidos.

Corretamente, Dunga manterá o time titular contra a Coréia do Norte (afinal, é preciso ver essa turma jogando a todos os cilindros); mas se não render, as mudanças começarão já durante essa partida. Se vermos o (breve) histórico do Dunga na Seleção, percebe-se que ele pode ser qualquer coisa menos averso a alterações: o time que começou a Copa América não foi o mesmo que acabou; e do primeiro [Brasil 4-3 Egito] para o segundo jogo das Copa das Confederações [Brasil 3-0 Estados Unidos], houve QUATRO mudanças.

Mas, isso nenhum jornalista informa. Preferem fazer alarde sobre um "risco" do Dunga "morrer abraçado" com seus titulares.

Pelo que já demonstrou o treinador, o risco disso ocorrer em caso de mal rendimento é próximo de zero.

quinta-feira, maio 20, 2010

Que saudades da Seleção de 70!


E nós tendo que agüentar esse time do Dunga. Francamente...




Cortesia do Futepoca

sexta-feira, maio 14, 2010

Sobre a Convocação de Dunga

Em meio à comoção causada pela convocação do Dunga, é impressionante a quantidade pessoas que manifestamente pertencem a um grupo que está de má-vontade com o selecionador. Nitidamente. Na, ESPN Brasil, então, trata-se de política escancarada da empresa.

Vendo as manifestações, até parece que Dunga e Jorginho não desejam uma equipe técnica. Imaginar isso é cair em certos pré-juízos que não correspondem com a realidade.

Os critérios de Dunga são auto-evidentes. Ele buscou atletas que sabem jogar futebol, mas com caráter -nenhum treme- e comprometimento com o trabalho. (Aliás, foi contratado para isso!) Mas para saber disso, é necessário conhecer o jogador. É por isso que as não-convocações de Ronaldinho, Adriano, Ganso e Neymar –as mais questionadas– possuem razões diferentes.

Os dois primeiros, jogadores de reconhecida qualidade, foram exaustivamente convocados pelo Dunga nesses três anos em que ele é treinador. O primeiro, simplesmente, não rendeu; o segundo, apesar de ter rendido, mostrou-se completamente anti-profissional.

Já os dois últimos, jogadores de enorme POTENCIAL, tiveram o problema de estourar tarde demais. Neymar, ainda, joga num setor em que a Seleção possui opções muito boas e muito mais experientes. Já Ganso surgiu em posição em que o Brasil é absolutamente carente. Tivessem estourado no ano passado, e Neymar dificilmente iria à Copa (sim, é mero palpite), mas Ganso provavelmente não (e isso é mais que puro "achismo").

Ganso só não vai porque apareceu tarde demais. Tivesse surgido entre os profissionais um pouco mais cedo, até mesmo apenas uma ou duas convocatórias atrás, e teria recebido uma oportunidade. Dunga não é louco, e não é à toa que Paulo Henrique está na (absolutamente formal) "lista dos 30". Só não está na lista final porque Dunga não o conhece. E isso é motivo para transformá-lo em Geni? Claro que não. Pode-se discordar do Dunga, mas o fato é que ele viu na lista Júlio Batista, Elano, Ramires, Kléberson, Daniel Alves, Gilberto, Michel Bastos e Robinho, e imagina que possui substitutos suficientes para cobrir uma eventual ausência de Kaká. E os resultados do trabalho demonstram que Dunga sabe o que faz. Pode-se conceder-lhe um voto de confiança.

Os 23 jogadores chamados, Doni inclusive, se colocados em campo, jogam, lutam, se entregam e não se abatem. A Seleção já demonstrou que pode vencer qualquer um, e que quer muito fazer isso na Copa. Não reconhecer que o grupo é forte é leviandade. Mesmo para aqueles que não gostam da pessoa de Dunga, tenham ou não razão para tanto.

terça-feira, maio 11, 2010

Eu gostaria de ver...

Repórter: Na sua opinião, considerando a grandeza de Santos e Grêmio, de um lado os Meninos da Vila, melhor ataque do país, das sensações Neymar e Ganso, do alçapão da Vila Belmiro, o campeão paulista, do outro o campeão gaúcho, o maior vencedor da Copa do Brasil, do goleiro Victor, do caldeirão do Olímpico, essa semifinal é, na verdade, uma final antecipada, sendo que na outra chave há equipes de menor tradição como Atlético Goianiense e Vitória?

Entrevistado: Sim. Absolutamente. Será uma final antecipada... para quem PERDER!


O único risco é a entrevista terminar em briga, algo comum por estas bandas.

Bancando o Dunga

Falta pouco para o anúncio dos 23 selecionados. Li e ouvi muita coisa. Tento, agora, adivinhar a lista:

Arqueiros: Júlio César, Victor e Gomes;

Acho que Doni baila. Ele está em franca má fase (reserva de outro brasileiro no clube), e é uma briga que Dunga não precisa comprar.

Defensores: Maicon, Michel Bastos e Daniel Alves (laterais); Lúcio, Juan, Luisão e Naldo (centrais);

Três laterais, somente. Daniel Alves seria o reserva em ambas. Aposto em Michel Bastos na lateral-esquerda, apesar de ser a posição de maior incógnita da Seleção. Com um lateral a menos, Dunga se dará ao luxo de levar mais um atacante (o que eu creio) ou até mais um central. Sobre os centrais, todo mundo aponta Thiago Silva em função da última convocatória. Mas, na penúltima, estavam Miranda e Naldo. Como Naldo desapareceu do debate, me dou o luxo de ir contra a maré. E não seria supresa alguma...

Meio-campistas: Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano, Kaká, Josué, Ramires, Júlio Batista e Paulo Henrique;


Sete jogadores da Copa das Confederações e um do Mundial Sub-20. Dunga segue a tradição de levar um jogador jovem para se ambientar numa Copa do Mundo antes de liderar a Seleção na próxima.

Atacantes: Robinho, Luís Fabiano, Nilmar, Adriano e Diego Tardelli.

Adriano vai à Copa, mas se torna a quinta opção de ataque. Tardelli bate Grafite na preferência de um atacante com características semelhante ao resto do ataque.

Às 13h saberemos o quanto acertei...

P.S.: Os sete que completam a lista preliminar seriam estes: Doni; Thiago Silva, Miranda, Gilberto, Lucas, Ronaldinho e Grafite.

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Atualizando: Errei bastante. Nada menos que CINCO nomes: Doni, Thiago Silva, Gilberto, Kléberson e Grafite. Contando com os sete, meus equívocos mantém-se em cinco. Eu deixara de fora Kléberson, Alex, Marcelo, Sandro e Carlos Eduardo. No fim, errei em acreditar nas convocações de Victor, Naldo, Miranda, Lucas e Adriano.