Argentina vs. Inglaterra
Argentina vs. Inglaterra: Mundiais de Futebol e Outras Guerras, de David Downing, com tradução para o espanhol de Fernando T. Ruggiero. 1ª edição. Buenos Aires. Editora Emecé. 2006. 272p.
O autor é inglês, escritor e mestre em Relações Internacionais, tendo escrito inclusive uma obra sobre as relações entre Inglaterra e Alemanha dentro e fora das quatro linhas. Não a li, mas se for similar a essa, é obrigatória.
O livro “Argentina x Inglaterra” trata do que, para mim, por seu caráter intercontinental, é a maior rivalidade do futebol mundial. Downing conseguiu buscar as origens da rivalidade na História da relação entre ambos os países. Poucos brasileiros sabem que o Império Britânico tentou por duas vezes invadir a Argentina e anexá-la aos seus domínios; e que foi expulsa à bala, à faca, a socos e pontapés. Outro dado interessante é saber que, mesmo assim, no início do século XX, a Argentina possuía a maior colônia britânica fora do Reino Unido. Além disso, todos sabemos que os ingleses são os responsáveis pela introdução de futebol naquele país.
Downing passeia habilmente pela História de ambos os países e inter-relaciona os encontros futebolíticos (clubes e seleções), as relações diplomáticas e as tensões políticas. Descreve como o futebol se desenvolveu de maneira distinta, influenciado pelas culturas locais, ao ponto de ingleses e argentinos enxergarem o jogo de forma completamente distintas. Apresenta, ainda, as transformações sofridas pelo jogo ao mesmo tempo em que os países se modificavam com o desenrolar dos anos.
Claro, deve-se saber em quem o autor se inspira. A influência do uruguaio Eduardo Galeano no livro é enorme. Assim, para um liberal ou um conservador, a leitura pode ficar atravessada. A esses recomendo que relaxem. O viés socialista do autor de forma alguma prejudica o todo. Importar-se com esse pequeno detalhe pode arruinar a ótima jornada que Downing nos convida a fazer.
É um prato cheio para quem gosta de Futebol e História.
O autor é inglês, escritor e mestre em Relações Internacionais, tendo escrito inclusive uma obra sobre as relações entre Inglaterra e Alemanha dentro e fora das quatro linhas. Não a li, mas se for similar a essa, é obrigatória.
O livro “Argentina x Inglaterra” trata do que, para mim, por seu caráter intercontinental, é a maior rivalidade do futebol mundial. Downing conseguiu buscar as origens da rivalidade na História da relação entre ambos os países. Poucos brasileiros sabem que o Império Britânico tentou por duas vezes invadir a Argentina e anexá-la aos seus domínios; e que foi expulsa à bala, à faca, a socos e pontapés. Outro dado interessante é saber que, mesmo assim, no início do século XX, a Argentina possuía a maior colônia britânica fora do Reino Unido. Além disso, todos sabemos que os ingleses são os responsáveis pela introdução de futebol naquele país.
Downing passeia habilmente pela História de ambos os países e inter-relaciona os encontros futebolíticos (clubes e seleções), as relações diplomáticas e as tensões políticas. Descreve como o futebol se desenvolveu de maneira distinta, influenciado pelas culturas locais, ao ponto de ingleses e argentinos enxergarem o jogo de forma completamente distintas. Apresenta, ainda, as transformações sofridas pelo jogo ao mesmo tempo em que os países se modificavam com o desenrolar dos anos.
Claro, deve-se saber em quem o autor se inspira. A influência do uruguaio Eduardo Galeano no livro é enorme. Assim, para um liberal ou um conservador, a leitura pode ficar atravessada. A esses recomendo que relaxem. O viés socialista do autor de forma alguma prejudica o todo. Importar-se com esse pequeno detalhe pode arruinar a ótima jornada que Downing nos convida a fazer.
É um prato cheio para quem gosta de Futebol e História.
6 Comments:
Muito interessante. E não sabia dessas invasões do Império Britânico. E texto bom e bem escrito está acima das ideologias -- por isso que leio vosmecê (hehe...), meu neocon favorito!
Enfim, paz ideológica: um Neocom de bem com um Neocon. Agora, quero ver botar a deportação dos cubanos em discussão...
Hehehehe! Estou sempre de bem. Quanto aos cubanos, já virou novo "dito":
- Mais rápido que deportação de cubano!
Considerando que não existe mais a Albânia Comunista e que nosso vagalume dos povos, Enver Hoxa, escafeceu-se, mandaríamos pra onde os cubanos?! Pra Fidel, é claro! Lembro que se consultou Pyong Yang, mas os coreanos negaram o asilo político. Gostei da distinção sutil entre "neocom" e "neocon"...
artur, podiam ter deixado os boxeadores em araruama, mesmo. existe algo de profundamente soviético no dna do petê. e se tá no dna é pra sempre. mas o brasilzão gosta disso, tranqülize-se. o brasilzão apóia qq coisa com já havia constatado o embaixador lincoln gordon, em 64, ao avisar a casa branca: "temos 2 goplpes em marcha. se o nosso vencer, temos aque apoiar rapidamente, pois os brasileiros apóiam qq coisa. apóiam quem está no poder." então, vamos nos tranqülizar. o país inteiro que conta, ou sej 5%, deve estar absoutamente convicto de que os cubanos pediram pra ser caçados e deportados e que, no final das contas, este é um caso menor, irrelevante até.
tche, eu quero saber é quando tu vais me emprestar essa obra.
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