A Classe Média
A proposta do Governo Lula para permanência no poder não é nova; o objetivo é manter certo equilíbrio entre as classes sociais. Nesse ponto, ele tem sido relativamente hábil e efetivo. Note-se que o governo federal não tem a menor vergonha para afirmar que os mais ricos estão a ganhar mais (lembremos da reclamação do presidente quanto as vaias recebidas no Maracanã). Frise-se a capacidade do Bolsa-Família de manter os mais pobres anestesiados contra o pífio desenvolvimento do país.
Contudo, sempre há o problema em relação à classe média, principalmente em um governo de mentalidade marxista, pois a tensão das relações no marxismo sempre se dá entre os mais ricos e os mais pobres, sem nada no meio. Se Marx está certo, a classe média tende a desaparecer e um governo marxista não teria a necessidade de se preocupar com ela. Se Marx está certo, uma sociedade sem classes, não é “uma sociedade de classe media” - onde, por classe média, entendem-se os trabalhadores técnicos assalariados, funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos empresários -, mas uma sociedade proletária, da classe baixa!
Como existe a necessidade prática de se manter uma classe, diga-se, aristocrática sob pena de perder o poder, o que efetivamente ocorre é que os governos acabam por tomar medidas contrárias aos interesses da classe média. São eles quem mais sofre com o atual governo. Um governo, aliás, o qual ela ajudou a eleger. E ajudou pelo fato do governo anterior tê-la igualmente negligenciada. Novamente, a história repete-se. As semelhanças entre os governos em alguns pontos são evidentes.
No começo, a classe média também recebe parte dos benefícios. Há, como antes houvera, uma política de valorização do Real, que permite o acesso da classe média a produtos importados e viagens para o exterior, além de controlar a inflação. Existe uma diferença ainda em favor da classe média no atual governo, pois aumentou-se o número de vagas no setor público. O problema é que, como comprovado pelo governo anterior, essa política não se sustenta com o tempo. Afinal, dificulta a exportação, tende a fechar postos de trabalho e diminui o turismo interno. Ainda há o agravante de que o aumento de gastos do governo obriga-o a aumentar a arrecadação, com aumento de impostos, o que encarece o custo de vida. A “cereja do bolo” desta vez é o caos aéreo.
No fim, sempre quem sofre é a classe média; é sempre ela a chamada a pagar as contas de um governo que nunca as fecha. Isso que é a classe justamente que deveria crescer constantemente caso as promessas de políticas eqüitativas e de crescimento sustentável da esquerda funcionassem efetivamente. Mas quem mandou estar no meio da “luta de classes”?
Contudo, sempre há o problema em relação à classe média, principalmente em um governo de mentalidade marxista, pois a tensão das relações no marxismo sempre se dá entre os mais ricos e os mais pobres, sem nada no meio. Se Marx está certo, a classe média tende a desaparecer e um governo marxista não teria a necessidade de se preocupar com ela. Se Marx está certo, uma sociedade sem classes, não é “uma sociedade de classe media” - onde, por classe média, entendem-se os trabalhadores técnicos assalariados, funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos empresários -, mas uma sociedade proletária, da classe baixa!
Como existe a necessidade prática de se manter uma classe, diga-se, aristocrática sob pena de perder o poder, o que efetivamente ocorre é que os governos acabam por tomar medidas contrárias aos interesses da classe média. São eles quem mais sofre com o atual governo. Um governo, aliás, o qual ela ajudou a eleger. E ajudou pelo fato do governo anterior tê-la igualmente negligenciada. Novamente, a história repete-se. As semelhanças entre os governos em alguns pontos são evidentes.
No começo, a classe média também recebe parte dos benefícios. Há, como antes houvera, uma política de valorização do Real, que permite o acesso da classe média a produtos importados e viagens para o exterior, além de controlar a inflação. Existe uma diferença ainda em favor da classe média no atual governo, pois aumentou-se o número de vagas no setor público. O problema é que, como comprovado pelo governo anterior, essa política não se sustenta com o tempo. Afinal, dificulta a exportação, tende a fechar postos de trabalho e diminui o turismo interno. Ainda há o agravante de que o aumento de gastos do governo obriga-o a aumentar a arrecadação, com aumento de impostos, o que encarece o custo de vida. A “cereja do bolo” desta vez é o caos aéreo.
No fim, sempre quem sofre é a classe média; é sempre ela a chamada a pagar as contas de um governo que nunca as fecha. Isso que é a classe justamente que deveria crescer constantemente caso as promessas de políticas eqüitativas e de crescimento sustentável da esquerda funcionassem efetivamente. Mas quem mandou estar no meio da “luta de classes”?
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