Uma Mentira Conveniente
Este blogue não poderia deixar de trazer uma nota sobre a PALHAÇADA que foi o Prêmio Nobel deste ano. Se bem que por agreciarem Arafat e ONU, entre outros, o Prêmio nunca mereceu credibilidade...
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Por Eugenio Hackbart
O filme que tornou o ex-vice-presidente dos Estados Unidos conhecido mundialmente e acabou lhe garantindo a exposição pública que resultou no Prêmio Nobel da Paz de 2007 é contestado até mesmo pelos consultores de Al Gore. O prestigiado New York Times, um jornal frequentemente identificado como liberal e de oposição ao governo Bush, publicou em março de 2007 uma reportagem em que fez sérios questionamentos à ciência apresentada no filme de Al Gore. O Times entrevistou diversos cientistas mundialmente aclamados e até mesmo pesquisadores que aconselharam Gore na produção do filme Uma Verdade Inconveniente que reconhecem que o documentário traz erros e exageros. As contestações ao filme proliferam em blogs e debates científicos desde o lançamento. Cientistas se dizem assustados com o alarmismo criado por Uma Verdade Inconveniente que está sendo exibido em escolas para crianças e adolescentes no mundo inteiro.
"Há muitas imprecisões e precisamos levar ao público os dados reais", disse Don J. Easterbrook, professor emérito de geologia da Western Washington University. Gore se defende dizendo que procurou levar às pessoas a questão do aquecimento global de forma que o público leigo entendesse o que chama de "crise planetária", mas os cientistas não estão convencidos. Kevin Vranes, um climatologista do Center for Science and Technology Policy Research da Universidade do Colorado confessa que cada vez mais há uma reação contra o que define de exagero. O cientista elogia Gore por levar o debate para o grande público, mas questiona o superdimensionamento dos fatos. O filme prevê uma elevação assustadora da temperatura do planeta, o derretimento das geleiras, uma brutal elevação do nível dos oceanos, violentos furacões atingindo a costa e a morte em massa de pessoas. "Se não agirmos firmemente, a humidade sofrerá terríveis catástrofes", alertou Gore. Mas mesmo consultores que aconselharam Gore na produção de Uma Verdade Inconveniente não escondem as suas restrições ao trabalho final levado ao público. James E. Hansen, diretor do Goddard Institute for Space Studies da NASA e um ferrenho defensor do aquecimento global há duas décadas, afirma que o filme é "excepcional" no processo de conscientização que foi feito, segundo ele, com maior competência do que pelos cientistas. Hansen, entretanto, reconhece a existência de "imperfeições" e "falhas". No filme o furacão Katrina é apontado como uma consequência do aquecimento global, mas Hansen salienta que "é preciso ser mais "cuidadoso" na análise. Já Richard Lindzen, do Massachussets Institute of Technology e membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, definiu o filme como "puro alarmismo".
No filme Uma Verdade Inconveniente Al Gore alerta, sem estabelecer prazo, que o nível dos oceanos pode subir até sete metros, o que inundaria áreas costeiras como Nova Iorque, Miami e o Rio de Janeiro. O recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), contudo, faz uma previsão muito menos pessimista. Da mesma forma, o último relatório da National Academies contradiz a afirmação de Gore que a Terra vive o período mais quente do último milênio, indicando que se trata do período mais quente desde 1.600. Roy Spencer, climatologista da Universidade do Alabama em Huntsville, sustenta que o filme foi excelente para apresentar cenários assustadores, mas que na prática o planeta vive o período mais quente em 400 anos e não de um milênio. Benny J. Peiser, um antropólogo da Cambridge-Conference Network, tem uma newsletter na internet sobre as mudanças climáticas que contesta o chamado consenso científico defendido como existente por Gore. "Dificilmente não é publicado um trabalho por semana que desafia o chamado consenso com questionamentos e alternativas à teoria que o homem é o responsável pelo aquecimento do planeta", disse. "Em nenhum momento o Senhor Gore esclarece ao seu público que os fenômenos que apresenta estão compreendidos dentro de uma mudança natural da atmosfera", criticou Robert M. Carter, geólogo marinho da Universidade James Cook da Austrália. "Ele sequer apresenta qualquer prova que o clima no século XX tenha sido diferente dos padrões históricos globais que estão em constante mudança", complementou.
Em outubro de 2006, durante um encontro científico na Filadélfia, foi apresentado um gráfico mostrando a evolução da temperatura nos últimos 15 mil anos e que durante este período ocorreram pelo menos dez mudanças bruscas na temperatura global, incluindo o período do Aquecimento Medieval, que resultaram em aquecimento até vinte vezes mais intenso do que observado no último século. Mesmo os biólogos não poupam críticas. Em janeiro, Paul Reiter, um cético declarado quanto ao aquecimento global e diretor da unidade de insetos e doenças infecciosas do renomado Instituto Pasteur, fez duras críticas à afirmação de Gore que o aquecimento estaria espalhando a malária. "Por doze anos fizemos estudos e estamos desafiando os alarmistas, mas eles continuam ignorando os fatos", concluiu. Finalmente, Michael Oppenheimer, professor de Geociências da Universidade de Princeton que assessorou Al Gore no filme, reconhece que a maioria dos pesquisadores contesta a tese sobre a evolução da malária. "No geral, ele fez um belo trabalho de entretenimento com credibilidade", disse Oppenheimer em defesa do ex-vice-presidente dos Estados Unidos.
"Há muitas imprecisões e precisamos levar ao público os dados reais", disse Don J. Easterbrook, professor emérito de geologia da Western Washington University. Gore se defende dizendo que procurou levar às pessoas a questão do aquecimento global de forma que o público leigo entendesse o que chama de "crise planetária", mas os cientistas não estão convencidos. Kevin Vranes, um climatologista do Center for Science and Technology Policy Research da Universidade do Colorado confessa que cada vez mais há uma reação contra o que define de exagero. O cientista elogia Gore por levar o debate para o grande público, mas questiona o superdimensionamento dos fatos. O filme prevê uma elevação assustadora da temperatura do planeta, o derretimento das geleiras, uma brutal elevação do nível dos oceanos, violentos furacões atingindo a costa e a morte em massa de pessoas. "Se não agirmos firmemente, a humidade sofrerá terríveis catástrofes", alertou Gore. Mas mesmo consultores que aconselharam Gore na produção de Uma Verdade Inconveniente não escondem as suas restrições ao trabalho final levado ao público. James E. Hansen, diretor do Goddard Institute for Space Studies da NASA e um ferrenho defensor do aquecimento global há duas décadas, afirma que o filme é "excepcional" no processo de conscientização que foi feito, segundo ele, com maior competência do que pelos cientistas. Hansen, entretanto, reconhece a existência de "imperfeições" e "falhas". No filme o furacão Katrina é apontado como uma consequência do aquecimento global, mas Hansen salienta que "é preciso ser mais "cuidadoso" na análise. Já Richard Lindzen, do Massachussets Institute of Technology e membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, definiu o filme como "puro alarmismo".
No filme Uma Verdade Inconveniente Al Gore alerta, sem estabelecer prazo, que o nível dos oceanos pode subir até sete metros, o que inundaria áreas costeiras como Nova Iorque, Miami e o Rio de Janeiro. O recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), contudo, faz uma previsão muito menos pessimista. Da mesma forma, o último relatório da National Academies contradiz a afirmação de Gore que a Terra vive o período mais quente do último milênio, indicando que se trata do período mais quente desde 1.600. Roy Spencer, climatologista da Universidade do Alabama em Huntsville, sustenta que o filme foi excelente para apresentar cenários assustadores, mas que na prática o planeta vive o período mais quente em 400 anos e não de um milênio. Benny J. Peiser, um antropólogo da Cambridge-Conference Network, tem uma newsletter na internet sobre as mudanças climáticas que contesta o chamado consenso científico defendido como existente por Gore. "Dificilmente não é publicado um trabalho por semana que desafia o chamado consenso com questionamentos e alternativas à teoria que o homem é o responsável pelo aquecimento do planeta", disse. "Em nenhum momento o Senhor Gore esclarece ao seu público que os fenômenos que apresenta estão compreendidos dentro de uma mudança natural da atmosfera", criticou Robert M. Carter, geólogo marinho da Universidade James Cook da Austrália. "Ele sequer apresenta qualquer prova que o clima no século XX tenha sido diferente dos padrões históricos globais que estão em constante mudança", complementou.
Em outubro de 2006, durante um encontro científico na Filadélfia, foi apresentado um gráfico mostrando a evolução da temperatura nos últimos 15 mil anos e que durante este período ocorreram pelo menos dez mudanças bruscas na temperatura global, incluindo o período do Aquecimento Medieval, que resultaram em aquecimento até vinte vezes mais intenso do que observado no último século. Mesmo os biólogos não poupam críticas. Em janeiro, Paul Reiter, um cético declarado quanto ao aquecimento global e diretor da unidade de insetos e doenças infecciosas do renomado Instituto Pasteur, fez duras críticas à afirmação de Gore que o aquecimento estaria espalhando a malária. "Por doze anos fizemos estudos e estamos desafiando os alarmistas, mas eles continuam ignorando os fatos", concluiu. Finalmente, Michael Oppenheimer, professor de Geociências da Universidade de Princeton que assessorou Al Gore no filme, reconhece que a maioria dos pesquisadores contesta a tese sobre a evolução da malária. "No geral, ele fez um belo trabalho de entretenimento com credibilidade", disse Oppenheimer em defesa do ex-vice-presidente dos Estados Unidos.
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