quinta-feira, setembro 27, 2007

Não sei como vivi,...

... antes de conhecer "A Nova Corja". Textos curtos, diretos, de humor ferino. Ninguém sai ileso.

Dois exemplos:


Constrangedor

Cheguei no finalzinho, a tempo apenas de ver um sujeito com uma camiseta estampada com a cara de Marx onde se lia "proletário", mas já foi o suficiente para entender o festival do ridículo que os alunos de História da PUCRS protagonizaram no
debate entre Diogo Mainardi e Juremir Machado da Silva, na segunda-feira, em Porto Alegre. O tal da camiseta "proletária"
bradava:

– E! Fora! E! Fora!

Segundo relata Mainardi
em seu podcast da Veja, o grupo se manifestou durante o debate gritando a frase:

– Diogo, traíra, da América Latina!

Depois do encontro, uma professora da Faculdade de Jornalismo comentou comigo "bem, estamos em uma universidade, normal acontecer isso". Concordo com ela, não tem melhor coisa do que ver um convidado ser desafiado e questionado, e é só o que se espera em uma universidade. O problema é que a manifestação dos universitários brasileiros – especialmente no Rio Grande do Sul –, quando ocorre, é de um anacronismo que chega a doer. Junte camiseta do Marx + invocações à América Latina + hippies estudantes de História e temos a manifestação mais patética e sem crédito que se pode fazer. Não há mais o que argumentar, a discussão está encerrada, definida por algum soviete lá do Centro Acadêmico.

Deus do céu, o muro caiu, alguém avise os universitários gaúchos.



Saudades da Desgovernada

Do Painel da Folha (assinantes):

Rápida no gatilho

"Um dos dois prefeitos escolhidos para discursar no evento de lançamento das obras do PAC no Rio Grande do Sul, na sexta-feira passada, foi Valdeci Oliveira, de Santa Maria. O petista saudou com entusiasmo o presidente Lula e outras autoridades presentes, mas "esqueceu" de citar a anfitriã, Yeda Crusius. Quando chegou sua vez de falar, a governadora tucana não perdeu tempo:

- A gente anda tanto pelo Estado que pensa conhecer tudo, mas não conhece. Estive há pouco tempo em Santa Maria, por exemplo. Passei pelo bairro de Santa Marta e fiquei impressionada com tanta pobreza!"

Sutileza de paquiderme. Quis ofender o prefeito petista e admitiu mais uma mentira da campanha: a de que conhecia todas as mazelas do Bovinão Profundo.

http://www.insanus.org/novacorja/

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gostei da dica do Nova Corja, vou virar freguês.

27 setembro, 2007 14:55  

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