Grêmio: começo promissor

Celso Roth parece ter percebido os equívocos da temporada passada e trabalha para não repeti-los. Se em 2008, armou um esquema-de-jogo eficiente, simples, porém previsível, neste ano, em cinco jogos (contando amistosos) já utilizou 3: o já tradicional 3-5-2; o cauteloso 4-4-2; e, agora, 0 3-6-1. Esse último será utilizado contra equipes que jogarem com linha de três defensores, como o Novo Hamburgo.

Aliás, no jogo de domingo o esquema funcionou muito bem. Foi excelente a movimentação da meia-cancha. Foi difícil para o time do Sinos marcar porque os jogadores trocavam de posição constantemente: Tcheco e Souza caíram para as alas; Rui e F. Santos (Jadílson) fecharam pelo meio; William e Diogo apareceram à frente. Os 3 zagueiros continuaram apoiando o ataque, principalmente quando o Diogo ficava na cabeça-de-área (ou trinco, como chamam os lusos). Além disso, o Jonas jogou muito bem no pivô. Wianey Carlet acertou em cheio no seu blogue com a manchete "Futebol total de Celso Roth goleia o Nóia". Ofensivamente, o time está bem. Obviamente que contra um adversário melhor haverá dificuldades, mas vejo que há futebol - individual e coletivamente - para marcar gols.

A defesa é que ainda precisa ajustar; ainda falhamos defensivamente. Mesmo com o 3-6-1, mesmo o Novo Hamburgo, o time falha muito atrás. E isso é inaceitável. Contamos com a ajuda do Noia que errou demais no ataque. O trio defensivo foi pouco exigido, mas quando teve que aparecer, não mostrou bom serviço. Inclusive, individualmente, principalmente o Leo, foram mal. Perderam jogadas de mano, o que não tem nada a ver com cobertura; parecem lentos e sem embocadura. Claro, nunca se pode esquecer que jogar com 3 zagueiros exige mais dos defensores - afinal, é um jogador a menos no setor para cobrir a mesma faixa de campo -, mas os nossos já deveriam estar acostumados. Na bola aérea, no entanto, me causaram boa impressão.

Não estou preocupado porque ainda há muito tempo. O Gre-Nal será um ótimo teste; independentemente do resultado.