quarta-feira, abril 30, 2008

Muito bem, Puma!



quarta-feira, abril 23, 2008

Gauchão: querem mudar a fórmula!

A idéia é organizá-lo como o Estadual do Rio. Discordo. Detesto a fórmula carioca, para turista ver.

Tenho outra idéia. Segundo a CBF, os Estaduais possuem 23 datas para si. Hoje, usamos apenas 20, e o carioca, 21. Além disso, quem não se classifica para as Finais, faz apenas 14 jogos (15, no RJ). Portanto, há espaço de sobra para colocar nossos times para jogar, de forma a agradar todos os interesses.

Minha sugestão:

O Gauchão se manteria com os atuais 16 clubes. Seria disputado em turno único, mais uma rodada de clássicos. Quem fizer mais pontos leva. Seriam 16 datas (duas a mais que fase regular do Estadual) e haveria dois Gre-Nal garantidos. Todos os clubes do Interior receberiam um jogo contra um da Dupla e fariam oito jogos em casa. Sugiro que os clássicos sejam realizados na 4ª e na 13ª rodadas, para não correr o risco de eles valerem nada para o campeonato.

Como seria essa rodada de clássicos? Simples, as equipes seriam divididas em duplas de acordo com rivalidade e/ou localização geográfica. E essa divisão determinaria a rodada de clássicos.

EXEMPLO, caso tivesse sido adotada a fórmula nesse campeonato de 2008:

S.C. Internacional-Grêmio
Juventude-Caxias
Esportivo-Veranópolis
São José-Ulbra
Novo Hamburgo-15 de Novembro
Brasil-Guarany
Sapucaiense-Santa Cruz
E.C. Internacional-São Luiz

Tal divisão, ainda, determinaria o mando das equipes nos confrontos, pois nenhum clube poderia mandar ou visitar ambos os jogos contra equipes que disputam um mesmo clássico. Assim, quem recebe o Internacional visita o Grêmio; e a sua dupla faz o caminho inverso.

As datas, caso confirme-se a organização do calendário 2009 nos mesmos moldes deste ano seriam: 14-15/1(m), 17-18/1(f), 24-25/1(f), 31/1-1/2(f), 4-5/2(m), 7-8/2(f), 18-19/2(m), 28/2-1/3(f), 7-8/3(f), 11-12/3(m), 14-15/3(f), 25-26/3(m), 4-5/4(f), 11-12/4(f), 18-19/4(f) e 25-26/4(f). Sendo que "m" é meio-de-semana (quarta e quinta-feira) e "f" é fim-de-semana (sábado e domingo). Os clássicos seriam, pois, em 31/1 e 1/2 (4ª rodada) e 4/4 e 5/4 (13ª rodada).

Ainda sobrariam 7 datas. Estas, então, seriam destinadas à Copa Rio Grande. Se faltava a emoção dos playoffs, agora não falta mais. A Copa seria disputada simultaneamente ao Estadual, pelas mesmas 16 equipes. Os confrontos seram em mata-mata, em ida-e-volta até a semifinal. A final seria em jogo único, no último domingo, após encerrado o Estadual. As chaves seriam definidas pela colocação dos times no campeonato anterior.

EXEMPLO, caso fosse adotada a fórmula na próxima temporada:

S.C. Internacional x (2º colocado da Segundona) 16º
Ulbra x São Luiz

Caxias x Brasil 13º
Grêmio x Novo Hamburgo 12º


Juventude x (1º colocado da Segundona) 15º
São José x Esportivo 10º

E.C. Internacional x Santa Cruz 14º
Sapucaiense x Veranópolis 11º

As datas seriam em: oitavas-de-finais, 21-22/1(m) e 28-29/1(m); quartas-de-finais, 14-15/2(f) e 21-22/2 (f); semifinais, 21-22/3(f) e 28-29/3(f); e final, 3/5(domingo).

Assim, teríamos pontos-corridos, clássicos e final! Além disso, os clubes pequenos teriam dobradas suas chances de serem campeões e fariam, no mínimo, quatro partidas a mais do que hoje, quando não se classicam para as finais. Para completar, seria mais uma competição para vender os direitos de transmissão e arrancar uma verba das TV.

Sinceramente, não vejo lado ruim nenhum nessa proposta.

segunda-feira, abril 21, 2008

O Caso Isabella

Eu sou uma das pessoas que menos viu algo sobre o caso. Eu fujo do assunto sempre que possível. Mas, mesmo assim, não pude deixar de perceber o exagero tanto na reação quanto na cobertura do assassinato da guria paulistana Isabella. Aliás, é sobre isso mesmo que gostaria de falar. O que ocorre é sinal da patologia que sofre a própria sociedade brasileira: desagregada, sem identidade, inconsciente de valores.

Há no Brasil assuntos muito mais importantes que o assassinato de uma criança em São Paulo. O país é maior que a Isabella. Entretanto, há (muitas) pessoas que estão a dedicar-se exclusivamente ao caso, importunando quem tem a obrigação de trabalhar (polícia, Ministério Público, advogados) e pressionando a família dos SUSPEITOS (sequer foram acusados, ainda), tranformando a vida deles em um inferno. Mas, vem cá, é necessário? Não seria suficiente para os avós perderem a neta e terem seu filho como principal suspeito. Essas pessoas que rondam o prédio dos avós e do pai de Isabella não tem outros afazeres? Não há nada mais importante para preocuparem-se?!

Tudo o que se deveria saber sobre o caso esgotou-se no primeiro dia. Só se poderia voltar a ter notícia quando houvesse a apresentação de denúncia ao MP. Além do mais, trata-se de um fenômeno local, por mais que São Paulo seja, de fato, a capital do Brasil.

Além disso, casos assim, ocorrem com freqüência maior do que a tolerável nas camadas mais baixas da população e NINGUÉM dá a menor pelota. O crime sofrido por Isabella é bárbaro, mas como ocorreu no seio da classe média, tornou-se hediondo. Entre os bárbados, leia-se os pobres, considera-se "natural". E por ser "natural", não interessa.

Definitivamente, o Brasil está doente...

quinta-feira, abril 17, 2008

O ALTO CUSTO DE UMA APOSTA DESNECESSÁRIA

A temporada 2008 começara interessante. Aquela geração "Aflitos" havia, enfim, encerrado sua era. Uma era de excelentes resultados: um título da Série "B"; um bi-campeonato gaúcho; um 3º e um 6º lugar na Série "A"; e um vice-campeonato da Libertadores. No seu lugar, havia um time com um futuro pela frente, de atletas, treinador e mentalidade novos. Na casamata, após quase três anos, não estaria Mano Menezes, mas, como esse, outro treinador jovem, cheio de vontade de vencer. Chegava à Azenha, Vagner Mancini.

O ano iniciava com um time em construção. Era natural que a equipe começasse alternando bons e maus momentos, e que os resultados iniciais não correspondessem à grandeza do clube. Se as atuações foram, de fato, inconstantes, o mesmo não se poderia dizer dos resultados. Mancini, nas seis primeiras partidas, ganhou 4 jogos e empatou 2; era líder do Grupo no Estadual e encaminhara classificação na Copa do Brasil. Demonstrava sua vocação para armar equipes ofensivas, que tinham gosto em ter a posse de bola. Era um novo Grêmio que aparecia e, aos poucos, começava a tomar corpo.

Contudo, inesperadamente, Mancini foi demitido. E saiu, porque a própria direção não acreditou na reconstrução. Queria vencer já, agora. Não podia esperar. Trouxe, então, Celso Roth. Um treinador famoso por tirar equipes de crise, armar times competitivos rapidamente e, com igual rapidez, esgotar as energias de seus jogadores. Entretanto, não era essa a necessidade do clube! Afinal, não havia crise e os resultados eram bons. A desculpa para a troca era evitar uma crise que viria.

Como se vê, houve a troca, e a crise - mesmo assim - veio! Nenhuma surpresa, pois foi a própria direção do Grêmio que se colocou na obrigação de vencer. Com Mancini, uma eliminação precoce seria equivalente a que o Mano sofreu na Copa do Brasil em 2006; ruim, chata, mas que não colocaria a equipe em crise. Faria parte do próprio – e difícil – processo de reconstrução. Agora, essa derrota para o Juventude virou um retumbante fracasso, cuja alta conta o Grêmio se vê obrigado a pagar. A direção do Grêmio recebe a crise que pediu. Só não me venham dizer que foi por falta de aviso...
Texto escrito em 6/4/2008.