sexta-feira, março 30, 2007

Aquecimento Global não chegou a Uruguaiana

Meteorologista Eugênio Hackbart pergunta-se: "Se o aquecimento global é responsável pelo aquecimento em Rosário (Província de Santa Fé), como se explica então o comportamento da temperatura em duas cidades próximas e que estão logo a noroeste como Concórdia e Paso de Los Libres (fronteira com a cidade gaúcha de Uruguaiana) que não registraram nenhuma mudança de padrão de temperatura nos últimos 50 anos?"

Em "Comentário Eugenio Hackbart: 'Por que estes dados são escondidos'?".

A íntegra, com gráficos, pode ser lida em: http://www.metsul.com/secoes/visualiza.php?cod_subsecao=33&cod_texto=557

segunda-feira, março 26, 2007

Al Gore contestado!

Televisão Britânica fez um documentário sobre o Aquecimento Global. Se bem que não é defintivo, o certo é que Al Gore tem algumas perguntas a responder. Basta clicar no nome do filme, abaixo. É em inglês, sem legenda.
Reparem:
a) a relação entre a atividade solar e a temperatura da Terra;
b) o CO2 é um dos gases com menor peso na atmosfera;
c) a temperatura na atmosfera alterou muito pouco perto da temperatura na superfície, mesmo com a presença de mais CO2;
d) como o "consenso" de especialistas no IPCC/ONU é obtido.
Entre outras teses que vão de encontro à "verdade" propagada. Ao invés de fazerem propaganda políticas nas escolas, podiam mostrar outros argumentos. Alô, professores de Geografia do Colégio Farroupilha!

segunda-feira, março 12, 2007

Sobre o Direito do Trabalho

O Ordenamento Justrabalhista foi criado visando dois objetivos principais: (a) atenuar a apropriação da mais-valia do trabalho do empregado pelo empregador; e (b) a manutenção do vínculo empregatício. Se a intenção era proporcionar maior bem à sociedade como um todo, ambos objetivos estão equivocados.
Primeiro, inexiste a mais-valia. Pelo conceito, “mais-valia” é o valor agregado ao produto final decorrente da aplicação de mão-de-obra. Assim, ao pagar salário ao empregado e ficar com o lucro, o empregador estar-se-ia apropriando de trabalho alheio.
O problema é que inexiste relação qualquer relação entre valor e trabalho. O fato de mil pessoas passarem suas vidas a cavar buracos, dez horas por dia, seis dias por semana, onze meses ao ano (eu sou bonzinho; mantive o DSR e as férias de 30 dias) não faz com que esses buracos valham mais. O fato de se descobrir uma maneira mais simples de se cavar buracos, com menos trabalho e mão-de-obra, não leva aos buracos valerem menos. Assim, o valor agregado ao produto final pelo trabalho do empregado é zero. Em verdade, a mão-de-obra agrega apenas CUSTO - o próprio salário -, mas um produto pode valer menos do que custa.
Isso posto, conclui-se que o primeiro objetivo da legislação trabalhista é impossível de ser atingido, pois ataca um inimigo inexistente.
Segundo, o supostamente louvável objetivo da manutenção do vínculo empregatício parte dos pressupostos que o empregado necessita do emprego e que dificultando a despedida reduz-se as oportunidades de utilização do tal “exército de reserva”, os desempregados, como instrumento de pressão do empregador sobre o empregado (do tipo: "Não quer? Saia, porque há quem queira..."). Só que é tanto mais difícil que duas pessoas façam um acordo quanto mais árduo for para rompê-lo. E a proteção excessiva ao vínculo acaba por diminuir os postos de trabalho.
Assim, descartada a mais-valia, já caem por terra diversas normas que agregam ainda mais custos à relação de emprego. Modificada a percepção de que a proteção ao vínculo empregatício é benéfica à sociedade (notem que ambas se olvidam dos desempregados), esvaem-se outras tantas. Todas elas, favorecem isoladamente alguma parte, mas todas prejudiciais em seu conjunto à sociedade em geral.
Mudanças vêm ocorrendo na legislação, algumas buscam corrigir essas distorções. Mas são assunto para outro dia...

quarta-feira, março 07, 2007

Futebol?! Outra vez?!?! Ô, vício...

Subtítulo:
Acho que meu blogue tornar-se-á uma bela dialética entre Futebol e o Aquecimento Global. Até parece que não há mais nada sobre o que se escrever ogendia...

Indo ao que interessa, sempre fui favorável à globalização e à livre circulação de pessoas, bens e serviços (- Serviço circula?! - Não sei. O problema é dele; mas se ele quiser, não vou impedir), com concorrência global e planetária para absolutamente ao que desse na telha, desde que respeitados certos limites necessários a convivência pacífica entre os seres humanos (O que a pessa faz em casa, é problema dela, mas não precisa - nem pode, nem deve! - ficar expondo na rua...).

Dito isso, caio logo em contradição; pelo menos, aparente. Explico!
Tal idéia leva, fatalmente, a uma uniformização das regras impostas a todos. E esse é, precisamente, um dos pontos a se evitar para que a liberdade funcione de pleno. Ora, uma das maravilhas da liberdade de circulação - o tal "direito de ir-e-vir" - é, precisamente, conceder o direito às pessoas de saírem de um local que não lhes agrada para outro em que se sinta melhor. Se as regras e costumes são uniformes, é IMPOSSÍVEL o exercício dessa liberdade, pois não importa de onde se sai e de onde se chega, o local é exatamente o mesmo...

E vede bem, regras e costumes vão desde o direito a jogar futebol aos domingos até a poder dar umas palmadas nos filhos; ou à existência da menoridade penal; a ser possível dirigir automóveis sem "tirar carteira"; a fumar - tabaco ou maconha, o que seja -; a educar os filhos em casa ou ser obrigado a enviá-los a um colégio "gratuito"; a andar pelado na rua; ao casamento homossexual; à ostentação de símbolos religiosos; a votar; a torcer para o Internacional (crime lesa-pátria, no meu entender); etc. Só há liberdade quando existe escolha e só existe escolha quando se têm opções...

- O texto confuso é uma homenagem ao amigo Artur Perrusi, mas sem o talento dele -

Portanto, só pode existir liberdade num mundo em que os homens, organizados em pequenas comunidades, possam exercer sua, digamos, soberania de maneiras diversas, distintas, diferentes, mas sem coibir a outros que saiam de lá, ou por lá passem, ou por lá se estabeleçam, desde que respeitem as regras e costumes locais. Lógico! (Lógico?!)

Em suma, essas comunidades não podem proibir o contato com outras culturas, não podem determinar seu auto-isolamento. Pois é das experiências que se evolui.

- O texto confuso não é só uma homenagem, ele reflete um pensamento igualmente confuso. -
- Se bem que o Dr. Artur é psiquiatra... -

Bem, eu falava de futebol. Pois, desse texto, descobri, por enquanto, que sou um libertário, empirista e defensor do princípio da subsidiariedade - aquele que diz que o Estado não pode fazer aquilo que a municipalidade é capaz de fazer; o Município não pode fazer aquilo que a comunidade é capaz de fazer; a comunidade não pode fazer aquilo que a família é capaz de fazer; e a família não pode fazer aquilo que o indivíduo é capaz de fazer. E, assim, não posso ficar calado, inerte, diante do que estão fazendo com os campeonatos estaduais. OS NOSSOS CAMPEONATOS ESTADUAIS!

O futebol brasileiro nasceu com os estaduais. Ao pegar-se a história dos nossos torneios, sem que houvesse praticamente comunicação entre as federações, os clubes organizaram-se em campeonatos estaduais. Mesmo nos Estados em que a regionalização era ainda mais forte, com ligas internas, os campeões enfrentavam-se para determinar o melhor do Estado! O Brasil possui Doze Grandes clubes, porque eles despontaram nos Estados mais importantes. Há lideranças regionais no PR, GO, BA, PE, PA, etc., porque eles dominaram o cenário estadual por décadas.

O futebol brasileiro é grande do jeito que é por sempre ter sido descentralizado e livre! Por não existir um "futebol brasileiro", mas um gaúcho, outro paulista, e outro carioca, mais um mineiro, e pernambucano e etc...

Contudo, hoje, o nosso futebol sofre por um processo de apequenação. Por um processo de "belgicização", de "suiçização" de nosso esporte preferido e de nossos clubes (Nota: para quem gosta de futebol, isso é ofensivo!).

A "verdade" propagada é que o torcedor não gosta dos Estaduais. BA-LE-LA. A média de público dos grandes clubes é semelhante a do campeonato nacional, com a vantagem que mais clubes estão em funcionamento, levando as cores, a história e a paixão dos habitantes do bairro ou das pequenas cidades por onde passam, gerando mais riqueza, divertindo mais pessoas, descobrindo mais talentos.

Se algum governo tem que acabar, que sejam os centrais.

Se algum campeonato tem que acabar, que seja o Nacional!

texto modificado em 08/03/2007, às 8h55min.

sexta-feira, março 02, 2007

Na Esteira do Oscar: Mais Aquecimento Global

Estou apaixonado pelo assunto. Reparai no que encontrei em MetSul Meteorologia:

Quente ou frio?
O dia em que o Estadão anunciou o início de uma Era Glacial

Domingo, 30 de Junho de 1974. O Estado de São Paulo, um dos mais importantes jornais brasileiros e do continente, dedicava matéria de página inteira ao resfriamento do planeta Terra que vinha sendo observado desde a metade da década de 40. A manchete era enfátic: "A Terra caminha para nova era glacial". Esta é uma das tantas matérias antigas do arquivo próprio da MetSul Meteorologia que coleciona reportagens sobre o tempo e o clima das últimas quatro décadas no Brasil e que ajudam a ilustrar como a o humor da imprensa e dos cientistas varia de acordo com as situações de momento, o que está se produzindo agora com uma histeria midiática em torno do aquecimento global. Trata-se de mais um material que você somente encontrará na internet aqui no site da MetSul.

A reportagem do Estadão comentava que "o mundo está cada ano frio", citando reportagem da revista Time dos Estados Unidos. A publicação paulista deu amplo espaço ainda para a opinião dos cientistas brasileiros da época, mencionando que a hipótese de uma nova era glacial estava "muito bem fundamentada" e, por isso, "muito provável".

O jornal O Estado de São Paulo, para complementar a reportagem de 1974 intitulada "A Terra caminha para nova era glacial", valeu-se da opinião do pesquisador Giorgio Giacaglia, Diretor do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidade de São Paulo (IAG/USP). O Diretor do IAG da USP publica uma síntese dos seus estudos com conlusões muito interessantes tanto para época como para os dias atuais e que vieram a se confirmar por estudos realizados nos últimos dez anos mediante a reconstrução por modelos do clima do último milênio. O pesquisador chama a atenção para o aquecimento iniciado ainda no século XIX e que se prolongou na primeira metade do século XX, sendo seguido pelo resfriamento a partir de 1945 e que até aquele momento (em 1974) perdurava. A Oscilação Decadal do Pacífico sequer havia sido descoberta, mas o padrão constante da oscilação já estava identificado no trabalho do pesquisador da USP. A PDo apenas viria a ser constada por Steven R. Hare e Yuan Zhang em estudo de 1997, portanto 33 anos depois.

Nos anos 30 e 40 era o calor que gerava temor na humanidade. Em 1960 e 1970, o frio assustava o planeta. Hoje, o calor volta a apavorar a humanidade. Diversas pesquisas apontam que o ciclo solar 25 com pico em 2.022 poderia ter uma atividade solar reduzidíssima.

Quem sabe, os temores sobre o frio não estarão de volta em 2.030 nos jornais e nas revistas?


Publicado pelo meteorologista Eugenio Hackbart no Blog Direto da MetSul.