Tragédia na Bahia

Foto: Gazeta do Povo.Com, Curitiba, 27/11/2007

Se o que a foto acima mostra, realmente aconteceu - difícil de acreditar -, o estádio da Fonte Nova em Salvador tinha que estar interditado a anos! No mínimo, sete pessoas morreram pelo fato da arquibancada simplesmente abrir, durante o jogo Bahia x Vila Nova nesse domingo.

E todos agora querem se eximir de responsabilidades! Inclusive, segundo me informa um amigo soteropolitano, o atual governo da Bahia (o estádio é de propriedade do Estado) rapidamente já mandou a conta da tragédia para os antecessores. Fácil, não?

O que aconteceu no domingo é crime e DOLOSO! Todos têm sua parcela de culpa.

Os governos anteriores tem grande parcela de responsabilidade, mas o governo atual sabia das condições do estádio e nada fez. Aliás, o órgão que administra a Fonte Nova deve ser o maior penduricalho de amigos, aspones e companheiros da Bahia. Ninguém trabalha! O estádio está literalmente abandonado, mas deixam jogar.

O E.C. Bahia também tem responsabilidade por deixar seus torcedores em risco para não jogar no Barradão.

Tanto a Federação Bahiana de Futebol quanto a Polícia Militar conhecem o estado da Fonte Nova e, mesmo assim, deram seus avais para a realização de jogos.

E se o Ministério Público realmente pediu pela interdição do estádio, mesmo não sabendo de de quando é esse pedido, ele me parece um tanto quanto atrasado. Normalmente, essas tragédias vêm sendo anunciadas bem antes de acontecer.

Em país que se acha preparado para sediar uma Copa do Mundo, torcedor de futebol é gado. Se só faltava transformar estádio em abatedouro, agora não falta mais...

Saiu no ZH, de hoje

DOSSIÊ
Apontado pelo dossiê montado pelo presidente do Santa Cruz, Édson Nogueira, como articulador de um esquema para manipular resultados de jogos da Série B, o policial federal aposentado Paulo Jorge Alves, que trabalhou como árbitro auxiliar na Copa de 1994, nos EUA, negou envolvimento no caso. Nogueira, que é delegado da Polícia Civil, denunciou que alguns árbitros fariam parte de um esquema no qual clubes pagariam para serem favorecidos nas partidas.

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Para quem não lembra, Paulo Jorge Alves foi o bandeira que apontou impedimento de Jardel em gol legítimo do Grêmio na semifinal da Copa do Brasil de 1996. A jogada foi anulada e, por causa disso, o Imortal foi eliminado.

Nunca antes na História deste país...

... se fez tanta propaganda sobre o nada!

Como se fabrica uma notícia

Ruy Fabiano, no blog do Noblat

Na quinta-feira, 8, os jornalistas foram surpreendidos por uma boa notícia – coisa rara, nestes tempos: a Petrobrás havia encontrado vasto campo de gás e petróleo na Bacia de Santos. Mais: a descoberta elevaria as reservas brasileiras em 50%. Nada menos.Neste momento em que as dificuldades comerciais com a Bolívia de Evo Morales ameaçam o abastecimento de gás, a notícia pareceu ainda mais auspiciosa. Infelizmente, porém, não é bem assim. A "descoberta" ocorreu há dois anos – e já havia sido anunciada, mais especificamente em 5 de setembro de 2005.

De lá para cá, não houve novidade que justificasse trazê-la novamente à tona – a não ser, claro, criar um falso clima de euforia, que fez com que as ações da Petrobrás valorizassem em 14%. Esse, porém, é apenas um subproduto. Qual será o real objetivo de apresentar com estardalhaço uma notícia velha, sem que nada de novo a ela se tenha acrescentado, de modo a justificar sua reedição?

Mesmo as projeções em relação à descoberta não constituem novidade. Já haviam sido feitas dois anos antes.A operação comercial do primeiro campo da Bacia de Santos só começará em 2011, e apenas para testar sua viabilidade. Confirmadas as estimativas, a exploração – se houver, pois há dificuldades operacionais que a põem em dúvida - começará apenas por volta de 2013 ou 2014. Isso, aliás, já havia sido dito antes.

O óleo encontrado está entre 4.500 e 7 mil metros de profundidade. As prospecções da Petrobrás vão a no máximo 2.700 metros de profundidade. Mais do que isso, o custo operacional aumenta enormemente – e a empresa admite nem poder estimá-lo. Informa apenas que, mesmo em profundidades menores, a exploração de um campo que produza 150 mil/barris dia, fica acima de US$ 1 bilhão, o que já é um custo monumental.

Para profundidades como as previstas nesse campo, ainda não há nem tecnologia, nem recursos. Ou seja, a descoberta, cuja viabilidade exploratória ainda nem está avaliada, tem, por enquanto, sua prospecção inviabilizada em face do custo.

Não obstante, Lula sapecou: "Parece que entramos para a Opep, não é Dilma (Roussef, chefe da Casa Civil)?" E Dilma, no mesmo tom de euforia: "Nós saímos de uma situação de um país que estava se tornando auto-suficiente para a de um país exportador - patamar em que estão países como a Venezuela e os árabes.

"O diretor da Petrobrás, Guilherme Estrela, menos afeito à coreografia marqueteira, foi bem mais sóbrio: "O que encontra-mos dá robustez às nossas hipóteses, mas ainda é uma hipótese". Isso, porém, não está no press-release da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). É preciso que o repórter seja um chato e se disponha a prospectar esses, digamos, detalhes, junto à área técnica da Petrobrás para decompor a notícia. Feito isso, ela desaparece das manchetes, perde seu glamour e deixa de ser o que objetivou ser: instrumento de propaganda governamental.

Especulou-se que Lula havia feito o re-anúncio da descoberta como recurso estratégico preliminar para a visita que faz a Evo Morales.Improvável. As agressões do governo Morales ao Brasil – e mais especificamente à Petrobrás – em nenhum momento incomodaram o governo Lula. Como se recorda, o governo Lula, desde o primeiro momento sustentou o direito de a Bolívia fazer o que fez: rasgar um acordo comercial e se apropriar militarmente de uma refinaria brasileira. A visita de Lula reveste-se da cordialidade de sempre. A farsa do re-anúncio, portanto, não se dirige a Morales.

Dirige-se a nós mesmos.

Prejuízo de R$9.600.000,00

É o valor do déficit do Grêmio em 2007 segundo publicado no ZH de hoje. O Grêmio teria um prejuízo de R$800.000,00 a cada mês.

E tem gente que reclama do time...

Direitos Iguais para Todos

Tenho que parar de almoçar com meu irmão...

Toda vez que vou lá, acabo descobrindo um vídeo engraçado!

Há um vídeo no You Tube...

... em que americanos erram diversas perguntas de Geografia. No espaço dos comentários, o que há de brasileiro tirando sarro é uma enormidade. Eu deixei um, dizendo que no Brasil não seria diferente e fui execrado. Pois a Veja desta semana vem com uma matéria sobre como os brasileiros se saem nesse tipo de teste. Eis o que trouxe o Nova Corja:

Kadê u Braziu?

Da Veja que começa a circular hoje:

"E a gente ainda goza dos americanos...
Em matéria de conhecimentos geográficos, os brasileiros são de uma ignorância que não está no mapa

O Brasil tem quatro mecanismos federais de avaliação do ensino: o Saeb, o Enade, o Enem e a Prova Brasil, todos de padrão internacional. A cada vez que se divulga um de seus resultados, uma torrente de más notícias sobre a educação é despejada pelos jornais. Mas nenhum desses testes jamais captou um dado tão alarmante quanto o que surge da pesquisa Pulso Brasil, do instituto Ipsos, que acaba de sair do forno. Os pesquisadores abriram um mapa-múndi na frente dos entrevistados (1 000 pessoas, em setenta municípios das nove regiões metropolitanas) e lhes pediram que indicassem onde ficava o Brasil. Somente metade acertou. É isso mesmo: o levantamento mostra que 50% dos brasileiros não sabem localizar o país no mapa. Houve os que chutaram as respostas. Vieram desse grupo disparates de corar de vergonha. Para 2%, o Brasil fica na Argentina. Um porcentual pouco maior acha que o país se localiza na África – a dúvida é se no Chade ou na República Democrática do Congo. Outros 29% nem tentaram responder.

A pesquisa do Ipsos tem a força de um soco na boca do estômago nacional. Quase 10% dos entrevistados que passaram por uma faculdade (tendo completado ou não o curso) não sabem que o Brasil se localiza na América do Sul. Esse porcentual sobe para 30% entre os que fizeram o ensino médio (estágio em que um aluno deveria ter estudado geografia durante pelo menos seis anos) e aumenta para 50% entre os que iniciaram o ensino fundamental.

(...)

Previsivelmente, o desconhecimento em relação aos outros países é ainda maior. Só 18% dos brasileiros conseguem identificar os Estados Unidos e apenas 3% localizam corretamente a França. Quanto à Argentina, tão citada em piadas futebolísticas, 84% nem sequer desconfiam de que faz fronteira com o Brasil.

(...)

O dado irônico é que os brasileiros atribuem aos americanos uma grande ignorância em matéria de geografia. Gostam de dizer, em tom gaiato, que os gringos não têm a mínima idéia de como se divide o planeta. Não é bem assim. A mais recente pesquisa sobre o assunto mostrou que 86% dos americanos sabem exatamente onde fica seu país, 81% reconhecem o México, 54% a França e 47% a Argentina."

Por Walter Valdevino

Futebol é bobagem, mas pode dizer algo sobre certas coisas...

Um resumo do Brasil, através de um exemplo futebolísitico; por Jorge Santana:

Entrega pro Santos. O de Pelé e Coutinho!
3 Novembro 2007

A história é tão antiga quanto ridícula. Em 1987, alguns clubes, autoproclamados mais populares do país, organizaram o Clube dos 13, deram um golpe de estado, e organizaram seu próprio torneio nacional que, entre outras safadezaes, excluiu o vice-campeão e um dos seminfinalistas do Brasilero de 1986.

A CBF botou panos quentes criando outro torneio com a finalidade de indicar, entre os excluídos pelo golpe do C13, dois times para disputar o título nacional com o campeão e o vice da Copa União, o torneio-pirata. Flamengo e Inter, vencedores do módulo dos golpistas, contudo, recusaram-se a enfrentar Sport e Guarani que, assim, decidiram entre si o Campeonato Brasileiro de 1987.

Ocorre que, em paralelo, disputava-se um belíssimo troféu instituído pela Caixa Econômica Federal, destinado ao primeiro pentacamepão brasileiro pós-1971. Feito que o SPFC acaba de alcançar e que o Mengo, por estupidez, perdeu ao não acatar o regulamento em 1987.

Irritados, cartolas rubronegros querem convencer seus pares tricolores a recusarem a taça. Com apoio do Juca Kfouri, ex-diretor da Placar, revista que apoiou o torneio paralelo do C13. O mesmo Juca que não reconhece os títulos brasileiros anteriores a 1971, mesmo que sua revista tenha estampado, em 1970, manchete chamando o Flu de campeão brasileiro pela conquista da Taça de Prata, torneio idêntico ao de 1971.

A Justiça decidiu a pendenga dos módulos verde e amarelo há mais de 10 anos: o Sport é o campeão brasileiro de 1987. Agora, pra encerrar essa discussão esdrúxula, proponho que se entregue o troféu ao Santos, primeiro pentacampeão brasileiro, de fato e de direito, por ter conquistado a Taça Brasil entre 1961 e 1965.