sexta-feira, agosto 31, 2007

Contra os Pontos-Corridos

Já devo ter escrito um texto contrário ao campeonato brasileiro de futebol em pontos-corridos, todos-contra-todos em turno-e-returno. Voltei; indignado com a tentativa de se dar alguma graça a um torneio chato, longo e sem propósito.

O campeonato começou em 13 de maio e vai até 02 de dezembro. São 38 jogos em SETE meses! Sendo que pouco passamos da metade e os pretendentes a algo resumem-se a seis clubes dentre os vinte participantes. Dos outros 14, metade só cumpre tabela: seis estão no purgatório e um já caiu. Sete disputam um macabro torneio à parte: "Quem acompanhará o América?!" Isso que eu acho o São Paulo campeão e sequer mencionei esse fato...

O Brasileirão é como domingo à tarde numa cidadezinha do interior: pure boredom!

Por favor, voltemos à 1.998 e 1.999! Tínhamos um campeonato com 24 clubes. Havia, pois, quatro torcidas mais felizes do que hoje. A fase regular era muito parecida com a atual fórmula, por pontos-corridos e todos-contra-todos, mas em turno único. Chegava-se à 23ª rodada (a próxima, à próposito), com clubes disputando vaga para a disputa do título e/ou vantagem para a próxima etapa. Além daqueles que tentavam escapar da degola. Quase ninguém jogava só para cumprir carnê!

Encerrada essa fase regular, os oito melhores enfrentavam-se para definir O MELHOR. Das quartas-de-final à final, as regras eram as mesmas. Confronto direto em mata-mata, melhor-de-cinco-pontos (3 jogos), sendo que a equipe com melhor campanha na primeira fase, dentre ambas do enfrentamento, tinha o mando das duas últimas partidas e a vantagem do empate. Se, mesmo assim, fosse eliminada, como defender que houve injustiça?

Havia "Emoção" e "Merecimento" da primeira a última rodada. Sempre! Sem invenções, sem "forçações-de-barra".

O Grêmio foi 3º no Brasileiro do ano passado. Eu trocaria a bela campanha e a vaga conquistada na Libertadores por um belo playoff. O Grêmio foi 8º e 18º em '98 e '99 respectivamente. Não me importa.

Voltemos aos mata-mata!

Estádios para a Copa de 2.014

É mentira que uma cidade possa ter apenas um estádio para sediar a Copa do Mundo por determinação da FIFA. Isso é de competência do país-sede. Quem não quer é a CBF, e por bobagem.

Numa Copa do Mundo são disputados 64 jogos e a CBF definiu que serão 12 as cidades-sedes no Brasil. Matematicamente, se optar por uma proporcionalidade, 4 sedes teriam seis jogos e 8, cinco. Caso uma cidade tenha dois estádios viáveis para a Copa, por que não realizar seis partidas, metade em cada um?

Disputas como as de Porto Alegre e São Paulo seriam evitadas e todos ficariam satisfeitos. Mas nunca optam pelo caminho mais fácil...

quinta-feira, agosto 30, 2007

Enquanto isso, a 1,4km de Uruguaiana...

Cinqüentona que deixou marido para viver com menino de 12 anos é presa

A Polícia da cidade argentina de Paso de los Libres deteve uma paraguaia de 50 anos que abandonou o marido para viver com um menino de apenas 12 anos.

A mulher, denunciada pelos pais do menino, comunicou ao companheiro que havia se apaixonado pelo menor e que iria viver com ele na casa de uma amiga.

Os pais da criança denunciaram a mulher pelos delitos de seqüestro e abuso sexual.

O menino, por sua vez, foi internado em um hospital da cidade, para ser submetido a uma série de testes que determinarão se sofreu abusos por parte da qüinqüagenária.

terça-feira, agosto 28, 2007

Quando a Rivalidade é somente Esportiva

Imaginem a seguinte cena.

Numa cidade apaixonada por futebol, há dois clubes que disputam os corações e mentes de seus habitantes por décadas e décadas. Os seguidores de um não gostam dos adeptos do outro. Rivalizam em tudo, são obrigados a conviver no mesmo espaço, mesmo que contra a vontade. Um deles é azul; o outro, vermelho.

Um assassinato covarde ocorre no estacionamento de um bar. A vítima tinha apenas onze anos, mas, como os demais habitantes do lugar, respirava futebol e tinha definido o clube que amava. Ele era azul.

A cidade toda enluta.

O clube rival joga na noite seguinte uma partida importante, em que todos os ingressos já tinham sido vendidos. Um jornal local sugere uma homenagem, os habitantes da cidade - inclusive os adeptos vermelhos - apóiam e o clube aceita.

Quando o time entra em campo, em vez de tocar o hino tradicional, do sistema de som vem a canção-mor do adversário. No placar, a foto do guri e um texto em homenagem. Os torcedores, de pé, aplaudem.

Por alguns minutos, as diferenças foram deixadas à parte. Afinal, a vida é maior que o futebol; e o futebol é maior que a rivalidade.

Um clube azul; um clube vermelho. Mas, não era Porto Alegre. Era Liverpool.

Não consegui uma foto de Anfield Road, pois deixo uma de Goodison Park.



Eis a notícia no sítio do Liverpool F.C.: http://www.liverpoolfc.tv/news/drilldown/N156815070828-0944.htm



---

Será que conseguiremos chegar a esse nível de civilidade?! Chocarmo-nos por um assassinato? Esquecermos a rivalidade, nem que seja por alguns instantes?

Dia 16/9 está próximo demais para que aprendamos a tempo. Porém, quanto tempo precisamos?!

Por enquanto, não peço muito. Eu apenas quero o MEU Gre-Nal de volta. E por que não iniciarmos já?! A direção do Grêmio conceder 7.000 ingressos para os colorados no próximo clássico já seria um belo começo.

sábado, agosto 25, 2007

Foi sem querer!

Logo, não houve falta!


Mano Menezes resumiu a pendenga. Se em vez de ser no Marcel, a bola batesse no braço do zagueiro do Fluminense, não seria pênalti. Logo, tampouco foi falta.

O pior foi ter de agüentar a turma do SportsCenter cobrando "Fair Play" do Patrício!

P.S.: Aliás, seria, 25 de agosto, dia de São Patrício?! Pelo sim, pelo não, sairei de verde amanhã...

Sobre os Métodos dos Patridários do Governo

Relato de M. H. Netto sobre o ocorrido na FIERGS em cerimônia de lançamento do PAC:

O clima era de guerra. Embora não fossemos suficientemente ingênuos, a ponto de acharmos que seríamos bem recebidos, uma série de grupos e de demais cidadãos se reuniram na frente a FIERGS. Conclamados por uma troca incessante de e-mails a fim de, aproveitando a visita do presidente, protestar contra a imoralidade desse governo. Não havia uma só bandeira de partido, era de fato uma reunião de muitos que queriam gritar um pouco e extravasar a indignação que está trancada nos "corações e mentes".
Mas fomos ingênuos suficientes para menosprezar a sanha totalitária e fascistóide da gestapo petista, supondo que a Brigada Militar ou mesmo a FIERGS nos reservaria um espaço para a manifestação.
Éramos inicialmente cerca de vinte pessoas, mulheres e senhoras na sua maioria, reunidos em torno do carro de som que havia sido providenciado por um dos grupos. Imediatamente fomos cercados por leões-de-chácara do sindicato dos metalúrgicos, estudantes da UFRGS e outros enrolados na bandeira do PT, que iniciaram uma intimidação covarde e agressiva. Avançando sobre nós e arrancando os materiais que portávamos.
Um empurra-empura entre jovens e raivosos contra corajosas mulheres de aparente fragilidade. Nisso começaram apedrejar o nosso carro de som, quebrando uma das janelas e cobrindo-lhe de adesivos com a estrela do PT.
O empresário do carro de som, a fim de evitar maiores danos ao seu patrimônio e mesmo temendo por sua integridade, fez por bem abandonar o locar. E o nosso grupo, agora desfalcado por alguns que já não mais suportavam as agressões, foi se posicionar a cerca de 500 metros, em um espaço vazio próximo ao portão de serviço da FIERGS.
Não obstante, fomos seguidos e hostilizados de maneira acintosa e agressiva pelos petistas.
Os insistentes pedidos à Brigada Militar para que isolasse e garantisse um espaço para nós se mostraram inúteis. "Eles estão sobre via publica e não podemos fazer nada." Justificou um tenente que parecia estar no comando das operações.
Os repórteres que cobriam o lado de fora da FIERGS se mostravam solidários e escandalizados com a displicência com que a Policia Militar agia ante as cenas covardes. Nos deixaram jogados às feras.
O furor totalitário então se exacerbou. Fomos intimidados, empurrados jogados contra a pista sob os olhares complacentes da PM. Confesso que tive que buscar dentro de mim toda a tranqüilidade que me restava para não reagir violentamente contra os empurrões e as "mão na cara" que sofremos dos petralhas.

Cercados e escorraçados, nos refugiamos no outro lado da pista. De nada adiantou. A turba voltou a nos acuar, num show de intimidação e arrogância. O clima estava ficando carregadíssimo, quando fomos orientados pela Brigada Militar a deixar o local, alertados que não poderiam garantir nossa segurança. "Há uma série de ocorrências hoje na cidade e nosso efetivo aqui é pequeno" Isso depois que vários sofreram agressões das mais diversas formas, escoriações e luxações. Fomos escoltados até um posto de gasolina onde estavam nossos carros e, "por segurança", pediram para que tirássemos qualquer identificação e adesivos "hostis".
As bravas senhoras restantes, assim como eu e nosso pessoal então escapamos, enxotados como cães pestilentos. Ao melodioso som de "fora dondoca! Conheço a tua raça."
Nos telejornais da noite, a despeito do que viram e sentiram os repórteres, a versão era que houve "conflito entre 'familiares do acidente da TAM' e apoiadores do Presidente Lula".
Mentira! Ninguém estava ali como enlutado da TAM (como se deles toda exacerbação fosse compreensível). Todos estavam lá para vaiar Lula.

Resultado: meia dúzia de escoriações, cartazes e faixas "confiscadas", carros apedrejados, uma bolsa arrancada, muitos empurrões, muita mão-na-cara, xingamentos, cusparadas e uma baita sensação de que algo muito ruim está acontecendo com a democracia.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Socialismo Petista e Continental



Social-democrata sou eu, perto dessa turma...

Anac e Infraero sabiam de risco de acidente grave

Trata-se de manchete do sítio da Agestado. Segue a matéria:

Anac já sabia em dezembro que avião poderia "varar" pista
Ata de reunião revela que agência e empresas previram risco de aeronave não conseguir parar em Congonhas
Sexta-Feira, 24 de Agosto de 2007 Luciana Nunes Leal
Um documento revelado ontem pela CPI do Apagão da Câmara prova que, sete meses antes da tragédia do Airbus, autoridades da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) tinham noção exata do perigo que era pousar na pista do Aeroporto de Congonhas. Em reunião de técnicos da Anac e Infraero e companhias, em 13 de dezembro, foi discutido o risco iminente de um avião perder o controle e "atravessar" a pista.

Os técnicos discutiram o assunto com o gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Anac, comandante Gilberto Schittini. Segundo ata da reunião, realizada no Rio, Schittini "reportou que os três incidentes ocorridos recentemente poderiam ser considerados indícios de que há um potencial de ocorrências mais graves, com ultrapassagem do final da pista (varar a pista)". Foi o que aconteceu com o Airbus, que cruzou a cabeceira e explodiu ao bater no prédio da TAM Express, matando 199 pessoas.

O comandante acrescentou, segundo a ata, que o risco existia "principalmente se houver uma situação de decolagem abortada ou uma situação de pouso com velocidade e altura superior à de aproximação (pouso alto e embalado)". A ata da reunião foi distribuída ontem aos deputados da CPI pela diretora da Anac Denise Abreu, que prestou depoimento de mais de sete horas.

No mês passado, o chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul Filho, disse à CPI ter feito uma reunião de emergência, em 28 de dezembro, com Anac, Infraero e companhias. Segundo ele, houve um comentário nos seguintes termos: "Tudo leva a crer que teremos um acidente em Congonhas." Emocionado, lamentou: "Não conseguimos evitar o acidente que tínhamos previsto."

A ata da reunião do dia 13 mostra que o encontro foi aberto pelo superintendente de Infra-Estrutura Aeroportuária da Anac, Luiz Kazumi Miyada, que classificou de "preocupantes" os três incidentes na pista principal de Congonhas. Representantes de companhias revelaram a recomendação aos pilotos, feita já naquela época, para que pousassem no Aeroporto de Cumbica, caso não tivessem segurança de aterrissar em Congonhas. Também cobraram das autoridades informações mais precisas sobre as condições da pista de Congonhas.

Os representantes da BRA disseram que a empresa emitiu boletim técnico "após ter dificuldade de frenagem em operação de pouso". Pela ata, o critério estabelecido pela BRA era o de que, em dúvida, o comandante deveria alternar para o aeroporto de Cumbica. E todas as operações de pouso em Congonhas seriam feitas com autobreaking (sistema automático de frenagem) em nível máximo.

O comandante Igor Bruno falou pela Gol. Cobrou a necessidade de "melhor qualidade de informação das condições da pista". "Por precaução, (a Gol) vem utilizando o autobreaking em máximo para todas as condições da pista, não havendo pressão sobre os pilotos para pouso em Congonhas."

Representantes da TAM registraram ter distribuído alerta aos pilotos detalhando operações em pista molhada, "realizadas somente pelo comandante da aeronave", e também cobraram "fornecimento das corretas condições da pista".

Ficou decidido que a Anac pediria o aval da Aeronáutica para a suspensão de operações na pista principal, "visando medir a lâmina de água" na pista. Em 24 de janeiro, portaria determinou que fossem proibidas operações quando houvesse mais de 3 milímetros de água em mais de 25% da pista.

Anteontem, em entrevista ao Estado, o procurador federal Márcio Shusterschitz, autor da ação que pedia o fechamento da pista principal de Congonhas, criticou a forma como a Anac conduziu a questão. "A segurança nunca foi preocupação primeira", disse. "Antes do dia 17, havia o binômio risco-desculpa. Depois, virou o binômio acidente-desculpa. Todas as ações da agência fazem parte de um contexto único."

CRONOLOGIA

13 de dezembro: Técnicos da Anac demonstram preocupação com as condições da pista de Congonhas. Geraldo Schittini, da agência, fala do risco de aviões vararem a pista e informa às empresas que está elaborando uma norma para operações em dias de chuva.

16 de janeiro: A funcionária da Anac Doris Vieira da Costa encaminha a Schittini, com cópias para empresas e Infraero, sugestões para a elaboração da norma.

24 de janeiro: Procuradores federais em São Paulo ingressam com ação em que pedem a interdição da pista de Congonhas. No mesmo dia, a Anac edita portaria para procedimentos com pista molhada. Nela, determina a suspensão das operações quando o nível de água estiver acima de 3 mm.

31 de janeiro: A Anac encaminha documentos técnicos à Justiça e sustenta que a pista tem condições de uso. No mesmo dia, a agência divulga em seu site a Instrução Suplementar que fixa normas para operação em pista molhada. É o documento que, mais tarde, a diretora Denise Abreu classificou como "estudo interno".

5 de fevereiro: O juiz Ronald de Carvalho Filho proíbe o pouso na pista principal de Congonhas dos aviões Fokker 100 e Boeings.

22 de fevereiro: A Anac encaminha ao Tribunal Regional Federal (TRF) recurso contra a restrição. Entre os documentos anexados está a norma "extra-oficial". Denise e técnicos da agência entregam o recurso à desembargadora Cecília Marcondes. No mesmo dia, o tribunal libera as operações.

17 de julho: Airbus da TAM vara a pista de Congonhas, bate no prédio da TAM Express e explode, matando 199 pessoas.

16 de agosto: Na CPI do Apagão Aéreo do Senado, Denise diz que a norma era um "estudo interno" e foi divulgada "por engano".

20 de agosto: A desembargadora se diz "enganada" por ter recebido documento sem valor legal.

22 de agosto: O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anuncia abertura de processo disciplinar para investigar o envio da norma.

fonte: O Estado de São Paulo, 24/8/2007.

quinta-feira, agosto 23, 2007

Tanta sujeira para se preocuparem com bobagem?!

Não há nada de sério na matéria sobre a conversa dos ministros no julgamento dos mensaleiros (aliás, não é isso ainda). Ainda que se considere o fato como relevante, a questão não seria a conversa em si, ou as perguntas jurídicas PERTINENTES de um ministro a outro. Isso é absolutamente normal e ainda bem que ocorrem! O real problema é a declaração de que o "Cupido" estaria inclinado em rejeitar a denúncia.

Vou abrir um parêntese aqui. "Cupido" é o ministro Eros Grau. O apelido é óbvio, simples e direito. Eros é o nome grego do Cupido, o Deus do Amor na mitologia greco-romana. Juro que houve uma discussão na rádio Guaíba sobre o porquê do apelido! Francamente...

Eros Grau é o ministro mais radical do Supremo Tribunal. É, de longe, o mais vermelho e o mais governista. Assim, mesmo preocupante, é óbvio que ele votará pela rejeição e será um dos maiores defensores da "pizza".

O que me animou foi o "entende?!" ao fim da declaração da ministra Carmem Lúcia sobre a posição do "Deus do Amor". Positivamente, penso que ela deixa claro sua inclinação em votar pelo acolhimento da denúncia e sua preocupação em embasar de forma robusta sua decisão a ponto de influenciar os demais ministros.

Aguardemos.

terça-feira, agosto 21, 2007

Terça-feira é dia de clássico!

Já está na rede a edição de n.º 32 do BloGreNal! Confere os artigos "Low Profile" e "Ponto Ganho" em:

http://mundoesportivo-classicos-grenal.blogspot.com/

domingo, agosto 19, 2007

Resposta a André Lofredo

O jornalista do SporTv alegou que Diego Souza, mesmo tendo sofrido a falta que resultou na sua própria expulsão, poderia ter seguido na jogada e se atirou por opção (vídeo).

FALSO!

É mais uma crítica de comentarista que jamais chutou bola de meia que fosse.

Reparem na imagem que o Souza teve seu pé trancado pelo adversário. Ora, é como pisar no seu próprio cadarço. O corpo segue, a perna fica e o tombo é inevitável.

A expulsão é injustificável, senhor Lofredo!

quinta-feira, agosto 16, 2007

Argentina vs. Inglaterra

Argentina vs. Inglaterra: Mundiais de Futebol e Outras Guerras, de David Downing, com tradução para o espanhol de Fernando T. Ruggiero. 1ª edição. Buenos Aires. Editora Emecé. 2006. 272p.

O autor é inglês, escritor e mestre em Relações Internacionais, tendo escrito inclusive uma obra sobre as relações entre Inglaterra e Alemanha dentro e fora das quatro linhas. Não a li, mas se for similar a essa, é obrigatória.

O livro “Argentina x Inglaterra” trata do que, para mim, por seu caráter intercontinental, é a maior rivalidade do futebol mundial. Downing conseguiu buscar as origens da rivalidade na História da relação entre ambos os países. Poucos brasileiros sabem que o Império Britânico tentou por duas vezes invadir a Argentina e anexá-la aos seus domínios; e que foi expulsa à bala, à faca, a socos e pontapés. Outro dado interessante é saber que, mesmo assim, no início do século XX, a Argentina possuía a maior colônia britânica fora do Reino Unido. Além disso, todos sabemos que os ingleses são os responsáveis pela introdução de futebol naquele país.

Downing passeia habilmente pela História de ambos os países e inter-relaciona os encontros futebolíticos (clubes e seleções), as relações diplomáticas e as tensões políticas. Descreve como o futebol se desenvolveu de maneira distinta, influenciado pelas culturas locais, ao ponto de ingleses e argentinos enxergarem o jogo de forma completamente distintas. Apresenta, ainda, as transformações sofridas pelo jogo ao mesmo tempo em que os países se modificavam com o desenrolar dos anos.

Claro, deve-se saber em quem o autor se inspira. A influência do uruguaio Eduardo Galeano no livro é enorme. Assim, para um liberal ou um conservador, a leitura pode ficar atravessada. A esses recomendo que relaxem. O viés socialista do autor de forma alguma prejudica o todo. Importar-se com esse pequeno detalhe pode arruinar a ótima jornada que Downing nos convida a fazer.

É um prato cheio para quem gosta de Futebol e História.

Como é?!

Acabo de ouvir a notícia de que diante dos problemas da A.N.A.C., o governo quer ter mais poderes sobre as Agências Reguladoras.

Que o governo sempre quis mais poderes sobre as agências é notícia velha, quase que de domínio público. O problema é que a A.N.A.C. foi criada exatamente por ESTE atual governo. É 100% lulista!

Assim, o governo, diante dos erros de uma agência CRIADA POR ELE, quer assumir o controle de todas as demais!?

Depois, eu fico me perguntando se não exagero quando penso que toda essa incompetência, toda essa cara-de-pau, toda essa arrogância são premeditadas. Cada vez mais, temo que não...

quarta-feira, agosto 15, 2007

"Campeão do Mundo" NÃO admite adjunto adnominal

Parem de incomodar e vão procurar o "FIFA" no letreiro...

SUMIU!

E mais. Quem achar "Toyota" escrito na Taça abaixo ganha um prêmio. Além disso, deixo a promessa de que eu, pessoalmente, retiro o letreiro de "Campeão do Mundo" do Olímpico! Para os desavidos, esta é a TAÇA INTERCONTINENTAL, entregue ao clube campeão mundial de futebol de 1960 a 2003. A Toyota, senhores, era quem pagava a conta.



Os neófitos desconhecem tal fato e se confundem. É normal o patrocionador entregar um troféu seu, como mostra a foto abaixo:

Para quem não sabe, é do time do Olímpia, campeão da Libertadores de 2002, celebrando com uma taça entregue pela Toyota.

Fica a pergunta, eles seriam campeões da América ou da Copa Toyota?!

terça-feira, agosto 14, 2007

Em busca dos 40 pontos para a Libertadores

A tarefa é tão fácil, que essa é a pontuação do líder! Em resumo, f*deu...

Eis os jogos do Grêmio até o final do ano, cujas datas e horários já foram confirmados:

18/8, Sb., x Paraná (18h10);
25/8, Sb., @ Fluminense (18h10);
29/8, Qr., @ Sport (21h45);
2/9, D., x Botafogo (16h);
5/9, Qr., x Vasco da Gama (21h45);

8/9, Sb., @ Cruzeiro (18h10);
16/9, D., x Internacional (18h10);
23/9, D., x Santos (18h10);
30/9, D., @ Juventude (16h);
3/10, Qr., x Atlético Mineiro (20h30);
6/10, Sb., @ Palmeiras (18h10);


Já se sabe de antemão que o futebol deixou de ser um programa de domingo às 16h para o torcedor gremista...

Eu sei que de nada adianta, mas já deixo a pergunta:
Custaria muito deixar um jogo para sábado, às 18h10, outro para domingo nesse mesmo horário e deixar todos os OITO restantes para domingo às 16?!

Ainda aguarda confirmação, pela ordem: x Goiás; @ Flamengo; x Náutico; @ Atlético Paranaense; x Figueirense; @ São Paulo; @ América; e x Corinthians.

domingo, agosto 12, 2007

A Classe Média

A proposta do Governo Lula para permanência no poder não é nova; o objetivo é manter certo equilíbrio entre as classes sociais. Nesse ponto, ele tem sido relativamente hábil e efetivo. Note-se que o governo federal não tem a menor vergonha para afirmar que os mais ricos estão a ganhar mais (lembremos da reclamação do presidente quanto as vaias recebidas no Maracanã). Frise-se a capacidade do Bolsa-Família de manter os mais pobres anestesiados contra o pífio desenvolvimento do país.

Contudo, sempre há o problema em relação à classe média, principalmente em um governo de mentalidade marxista, pois a tensão das relações no marxismo sempre se dá entre os mais ricos e os mais pobres, sem nada no meio. Se Marx está certo, a classe média tende a desaparecer e um governo marxista não teria a necessidade de se preocupar com ela. Se Marx está certo, uma sociedade sem classes, não é “uma sociedade de classe media” - onde, por classe média, entendem-se os trabalhadores técnicos assalariados, funcionários públicos, profissionais liberais e pequenos empresários -, mas uma sociedade proletária, da classe baixa!

Como existe a necessidade prática de se manter uma classe, diga-se, aristocrática sob pena de perder o poder, o que efetivamente ocorre é que os governos acabam por tomar medidas contrárias aos interesses da classe média. São eles quem mais sofre com o atual governo. Um governo, aliás, o qual ela ajudou a eleger. E ajudou pelo fato do governo anterior tê-la igualmente negligenciada. Novamente, a história repete-se. As semelhanças entre os governos em alguns pontos são evidentes.

No começo, a classe média também recebe parte dos benefícios. Há, como antes houvera, uma política de valorização do Real, que permite o acesso da classe média a produtos importados e viagens para o exterior, além de controlar a inflação. Existe uma diferença ainda em favor da classe média no atual governo, pois aumentou-se o número de vagas no setor público. O problema é que, como comprovado pelo governo anterior, essa política não se sustenta com o tempo. Afinal, dificulta a exportação, tende a fechar postos de trabalho e diminui o turismo interno. Ainda há o agravante de que o aumento de gastos do governo obriga-o a aumentar a arrecadação, com aumento de impostos, o que encarece o custo de vida. A “cereja do bolo” desta vez é o caos aéreo.

No fim, sempre quem sofre é a classe média; é sempre ela a chamada a pagar as contas de um governo que nunca as fecha. Isso que é a classe justamente que deveria crescer constantemente caso as promessas de políticas eqüitativas e de crescimento sustentável da esquerda funcionassem efetivamente. Mas quem mandou estar no meio da “luta de classes”?

sábado, agosto 11, 2007

O que é ser "isento" e "independente"?

É pensar assim:

sábado, agosto 04, 2007

Lula e o Ovo

Segundo o presidente, o pessimista NÃO tem o direito de dizer que a galinha NÃO põe ovo quando de cabeça para baixo. Deve-se torcer para que ela consiga.
Afinal, deu um "trabalhão" para o governo virá-la...
Ass.: Um Pessimista

sexta-feira, agosto 03, 2007

Caos Aéreo

Com as novas medidas tomadas pelo Ministério da Defesa (do Governo) e a A.N.A.C. (Antes, Nada; Agora, Caos), provavelmente, as passagens aéreas sofrerão reajuste. A justificativa é o aumento da segurança. Tudo bem, não fosse tal decisão empurrar o usuário para as estradas brasileiras, onde morre mais pessoas por ano que no Iraque e no Afeganistão.

Baita medida de segurança, heinhô, Batista?!

O que o governo quer, mesmo, é diminuir a demanda para desafogar o setor. Afinal, poderia tomar medidas para compensar o aumento dos custos para a TAM e Gol, como, por exemplo, reduzir impostos e taxas, diminuir o preço do combustível (100% Petrobrás), permitir que empresas estrangeiras realizassem rotas internas, facilitar a criação de novas rotas e de novas empresas nacionais no setor.

Ao governo SÓ compete garantir a segurança do usuário. Se fizer mais, atrapalha!

Querem algo para que o governo faça?! Lá vai... Transporte é uma coisa só. Inexiste qualquer plano nacional que englobe o todo: aeroviário, rodoviário, ferroviávio e fluviário. É por isso que o país, literalmente, não anda.

Sobra Estado onde ele não deveria estar, falta naquilo que seria sua responsabilidade básica. Depois, dizem que o governo não tem nada com isso. Por favor...




P.S.: Vou viajar, volto só na segunda metade de agosto.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Foi Lula quem disse

Empresários e banqueiros ganharam rios de dinheiro com ele. E os pobres, agora, têm o Bolsa-Família (para ouvir a íntegra, clica aqui).

O governo está perfeito, pois não existe classe média no pensamento marxista!

Fosse valer a interpretação oficial às vaias do Maracanã, havia 70.000 banqueiros, grandes empresários e familiares, todos amigos do César Maia, no estádio. E há quem acredite...

O presidente ainda se deu ao direito de destilar outras bobagens, como acreditar que só quem o apóia é democrático. O sonho do presidente é uma democracia sem oposição! E há quem o apóie...