quarta-feira, janeiro 31, 2007

Férias

Este bloguista está de férias. Volta em 12 de fevereiro. Até lá!

sábado, janeiro 27, 2007

Exaltação à Rivalidade

Discutir futebol pela internet, admito, é um dos meus passatempos prediletos. Tudo começou quando eu descobri o Futiba através do Juca Kfouri. Eu era assíduo espectador do Cartão Verde da TVE. Passei a corresponder-me com o Gil, editor, com o Artur e com o Lula, colunistas. Tive um artigo publicado no espaço destinado aos leitores, tive uma coluna publicada no espaço cedido pelo Lula. Daí a virar colunista regular foi um pulo. Passei a ser o correspondente regional do Futiba para o RS. Pelo Futiba que conheci o Jorge Santana. Pelo Futiba que conheci MRV, a Mesa Redonda Virtual. Pelo Futiba que conheci o Mundo Esportivo. E é sobre o Mundo Esportivo que gostaria de falar.

O Mundo Esportivo era de propriedade de outro paulista – o Gil é paulista e corintiano –, Zé Roberto; palmeirense. Era outro jornal, concorrente do Futiba, mas com outra proposta. Era absolutamente normal que colaboradores de um, escrevesse no outro. O próprio Zé fazia isso. Logo, me vi sendo titular do espaço do Grêmio no Mundo Esportivo, na seção “Clássicos”.

Essa seção, no auge, chegou a ter quatro colunas: Grêmio-Internacional; Cruzeiro-Atlético; Corinthians-Palmeiras; Avaí-Figueirense. O formato das quatro era absolutamente o mesmo. Na mesma página, havia duas barras de rolagem, cada uma correspondente a um clube. Assim, bastava clicar no clássico de preferência e se deparar com ambas as colunas ao mesmo tempo, lado-a-lado. Toda a semana, os colunistas tratavam de seu clube, provocavam o outro colunista e respondia as provocações da semana anterior. Eu não sei se era divertido para quem lia, mas para quem escrevia era um deleite!

Anos passados do fechamento de ambos os jornais, a saudade ficou insuportável. O contato daqueles que colaboravam para o Futiba e o Mundo Esportivo jamais arrefeceu. Então, eu e o Luís Cláudio Portinho resolvemos recriar a coluna Gre-Nal. Foi aí que surgiu o blogue Mundo Esportivo – Clássicos – Gre-Nal (http://mundoesportivo-classicos-grenal.blogspot.com).

Toda a semana, atualizamos o blogue, exatamente como fazíamos no tempo do Mundo Esportivo. Infelizmente, não conseguimos dividir a página. Resolvemos adotar um sistema de rodízio: numa semana, a coluna do Grêmio é a primeira; noutra, a do Internacional.

Quem acessar o saite pode conferir os seguintes trechos:

* O clube começou o ano com objetivos modestos: ir bem na Copa do Brasil; não fazer vexame no Estadual; permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro classificando-se à Sul-Americana. Desses, só se falhou na Copa do Brasil. Recuperamos a hegemonia estadual na casa deles e nos classificamos à Libertadores da América. iVolvimos! E pela undécima vez...

* Que mundial é esse que o vizinho afirma ter? O sítio da FIFA informa que apenas Corinthians, São Paulo e, agora, o nosso Glorioso Internacional possuem tal façanha. Mas uma coisa preciso reconhecer. Neste retorno da coluna CLASSICO, o vizinho apresentou uma postura bem modesta e livre daquela soberba que tanto destilava. Nada como uma temporada pela SEGUNDA DIVISÃO...

* Voltaremos ano que vem com força total. É ano de Gauchão, Libertadores e Brasileiro. Três competições duras e difíceis e que nos exigirão ao máximo. Este ano, provamos que estamos vivos e que podemos derrotar qualquer um; inclusive o Campeão Mundial na casa deles! O nosso Salão de Festas ficou ainda mais charmoso. O ano promete!

* Alguém poderia me explicar essa paixão que se nutre por argentinos lá na azenha? O zagueiro Schiavi foi contratado na SEGUNDA DIVISÃO da Espanha. Nada mais apropriado! Já chega com experiência para jogar noutro clube da SEGUNDONA. Mas a contratação do tal zagueirinho castelhano já surte efeitos, os pijamas conseguiram levar 2 gols do “expressivo” time do São Paulo de Bento Gonçalves em jogo treino realizado hoje. Quantos sócios tem o time da azenha hoje em dia hein? Há quantos dias, semanas, meses, anos o vizinho não sabe o que é comemorar uma vitória em clássico?

* O ano de 2007 será repleto de desafios e cheio de emoções para o torcedor gremista. É ano de defender o título estadual. É ano de superar a 3ª colocação obtida no Campeonato Brasileiro. É ano de buscar a Taça Libertadores de um local em que ela, seguramente, se sente deslocada. O Grêmio não é clube para ser coadjuvante. Se não for para sermos campeões, nós nem saímos de casa. Portanto, quem está tranqüilo, achando-se campeão do mundo, que se cuide...

* A piazada COLORADA não cansa de nos trazer alegrias. Os juvenis (sub-17) conquistaram o Troféu Romeu Gulart Jaques, em Santiago-RS, depois de bater o Goiás na final (nossa 10ª conquista neste torneio de base). O goleiro Renan fez mais uma atuação fantástica no final de semana. Aliás, o jovem arqueiro sofreu apenas 1 gol, e de pênalti, nas últimas 10 partidas em que atuou. Seleção é questão de tempo. Finalmente, a dupla Luis Adriano e Alexandre Pato segue levando a seleção brasileira sub-20 nas costas lá no Sudamericano do Paraguai. Colorado de Ases Celeiro!

Os “Clássicos” são uma exaltação à rivalidade. Mas uma rivalidade sadia. A secação e a flauta são as únicas armas permitidas. Quem vencerá, Grêmio ou Internacional? Pouco importa. O que vale é que toda a semana começa em 0 a 0 com a bola no centro. E em paz...

SuperBowl - 4 de Fevereiro - ESPN

Potros x Ursos, eis a decisão da Liga Nacional de Futebol Americano. Eis um resumo das finais de Conferência.

Conferência Americana
Os Indianapolis Colts chegaram à decisão após vencerem seus arqui-rivais, New England Patriots, por 38-34 numa partida que muitos consideram a melhor de todos os tempos. Após um início avassalador, o time da Nova Inglaterra* chegou a abrir uma vantagem de 21-3, mas permitiu a virada.

Primeiro Quarto
O primeiro touchdown ocorreu ao final de um drive de 75 jardas (segundo de NE), cuja principal jogada foi uma corrida de 35 jardas do meia (halfback) Corey Dillon numa 4ª para um em IND-48. Duas jogadas depois, a bola estava em IND-4, numa 3ª-1. Nesta jogada, o capitão (quarterback) Tom Brady perdeu a bola (fumble). Por fortuna, ela foi recuperada por Logan Mankins, membro da linha ofensiva de New England, dentro da área de gol (end zone). Os Patriots abusaram da dificuldade da defesa dos Colts em conter corridas. O drive teve oito jogadas, sendo que só numa delas - a primeira - houve um passe.

No drive seguinte, o ataque de Indianapólis conseguiu marcar três pontos num gol feito pelo chutador (kicker) Adam Vinatieri, ex-patriot.

Segundo Quarto
Contudo, a alegria durou pouco. Na primeira posse-de-bola, New England levou a bola novamente e sem sobressaltos até a área de gol - touchdown marcado por Dillon. Para completar a tragédia, duas jogadas depois, Peyton Menning teve um passe interceptado. O ataque dos Colts ficou apenas olhando, assustados, o lateral (cornerback) Asante Samuel levar a bola até a área de gol. Atordoados, mais uma vez tendo a posse de bola, os atacantes dos Colts se viram massacrados pela defesa adversária. Nas duas jogadas seguintes ao 3º touchdown, Peyton Manning se viu sacado duas vezes, retroagindo 12 jardas.

O jogo só mudou quando a defesa de Indianapólis descobriu que poderia conter os Patriots. E quando o ataque de Indianapólis entrou em campo para o seu 5º drive, a estratégia ofensiva era outra. Ao invés de tentar grandes avanços, a ordem era conduzir a bola poucas jardas por vez. Mesmo perdendo por 17 pontos, Tony Dungy, treinador dos Colts, entedeu que havia tempo de sobra para uma virada. Nesse ritmo, os Colts deixaram o relógio correr e garantiram mais três pontos ao final do segundo quarto.

Terceiro Quarto
O melhor veio no segundo tempo. Manning tem fama de amarelar nos momentos decisivos. Os Patriots tem fama de ser um time talhado para vencer nos Playoffs. Tudo levava a crer que a história mais uma vez se repetiria. Contudo, o recado de que não se entregaria foi dado pelos Colts já na primeira posse de bola do terceiro quarto. Num drive absolutamente irrepreensível, sem penalidade, apenas um passe imcompleto, Indianapólis marcou seu primeiro touchdown, após conquistar 76 jardas. A diferença, então, caiu para 8 pontos. Os Colts estavam de novo no jogo!

A defesa dos Colts retomou toda a confiança e parou, novamente, Tom Brady e seus colegas. O RCA Dome explodiu, o estádio inteiro tomou-se em esperança. Desta vez, a vitória não escaparia. Peyton Manning, de novo, fez o que quis com a bola. No primeiro lance, encontrou o volante (tight end) Dallas Clark livre para 25 jardas. Logo após, a aposta em corridas deu certo, os meias dos Colts conquistaram 27 jardas em três tentativas. Mas o sinal de que a sorte havia mudado ocorreu na quinta jogada. Os juizes marcaram uma duvidosa falta - interferência-no-passe - contra o lateral Ellis Hobbs, o que levou a bola até NE-1. Na jogada seguinte, touchdown e conversão de dois pontos. A partida estava empatada!

Ellis Hobbs ficou possuído. Tanto que, no chute inicial, recebeu a bola e correu oitenta jardas! A tarefa ficou fácil para o ataque de New England. 5 jogadas e 21 jardas depois, os Patriots voltavam a liderar o jogo por 28 a 21.

Quarto Quarto
O jogo estava eletrizante. No drive seguinte, os Colts devolveram o lance do primeiro touchdown do jogo. Após um fumble, Jeff Saturday, pivô (center), integrante da linha ofensiva de Indianapólis, marcou seus primeiros seis pontos duma carreira de oito anos. Novo empate!

Após um breve domínio das defesas - algo raro durante todo o jogo -, os Patriots tiveram uma ótima oportunidade para marcar um touchdown. Ambas envolvendo o receptor (wide reciever) Reche Caldwell, que perdera a chance de marcar no terceiro quarto ao deixar cair a bola dentro da área de gol.

Na primeira, um dos salva-guarda (safety) dos Colts, Marlin Jackson, errou a cobertura, deixando Caldwell absurdamente livre. Era uma 1ª-15, em IND-18. O estádio inteiro viu, começou uma gritaria infernal. O banco dos Patriots acenava desesperadamente para Brady. Caldwell vendo nada entre ele a área de gol pedia a bola freneticamente. Os torcedores, jogadores e comissão técnica dos Colts faziam sinais para que Jackson fosse para o lugar certo! Nisso, a jogada inicia. Brady recebe a bola, enquanto Marlin corre em direção a Caldwell. A bola é passada para Reche que... não pega! Passe incompleto e a chance de marcar é novamente desperdiçada.

Na segunda, era terceira para sete, com a bola em IND-10. O Caldwell estava bem aberto na ponta, como sempre, porém marcado e correu em linha reta. Brady arremessou a bola na end zone mirando o segundo pilão (marcador laranja). O lateral dos Colts ficou de mano com Caldwell e, ao perder na corrida, puxou-o e depois empurrou-o. O arremesso fora perfeito. A bola passou sobre a cabeça de Reche, que chegou a tocá-la, exatamente porque ele foi retardado pela ação ilegal do marcador. Novamente, havia a possibilidade de se marcar uma interferência-no-passe, o que levaria a bola para IND-1, com os Patriots tendo 4 chances para marcar. Os juízes, entretanto, deixaram passar batido. New England decidiu chutar e passou a liderar por 31-28.

Nos dois drives seguintes, ambas equipes marcaram um gol cada uma. Assim, faltando 3'22" para o fim do jogo, os Patriots tinham a bola, em NE-40, e uma liderança de 3 pontos: 34-31. Por mais que o jogo estivesse equilibrado, as chances dos Patriots vencerem eram enormes. Um touchdown e a partida ficaria praticamente fora do alcance dos Colts. Só que tudo deu errado para New England. A começar por uma penalidade por estar com 12 jogadores em campo. Três jogadas depois e um minuto depois, os Patriots patearam a bola de volta ao time de Indianapolis.

Faltavam 2'17", a bola estava em IND-20, e a chance de vencer a partida passou a ser dos Colts! E a seqüência de jogadas foi impressionante. A defesa dos Patriots parecia exausta e permitiu grandes ganhos atrás de grandes ganhos. Primeira: Passe; 11 jardas; Bola em IND-31. Terceira: Passe; 32 jardas; Bola em NE-37. Aqui, o empate já era uma possibilidade quase que segura. Quarta: Passe; 14 jardas; Bola em NE-23. E, mais uma vez os árbitros resolveram chamar a atenção para si. Aplicaram uma duvidosa penalidade por "uso excessivo de força sobre o passador" contra o segunda-linha (linebacker), Tully Banta-Cain, e a bola foi parar em NE-11. Três jogadas depois, o meio Jospeh Addai estava na torcida comemorando a virada.

Com um minuto para o fim e um campo inteiro para atravessar, o ataque do New England entrou um campo disposto a operar um milagre. Conseguiram colocar a bola em IND-45, mas estavam quatro pontos atrás. Apenas um touchdown poderia mudar a sorte da partida. Brady, pressionado, arremesou nas mãos de Marlin Jackson. Com a interceptação, o jogo acabou e os Colts, finalmente, conseguiram vaga no SuperBowl.

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* Nova Inglaterra é como chamam a região nordeste dos EE.UU., a região das 13 colônias, o início da História americana. O time, originariamente, de Boston, manda seus jogos em Foxborough, cidade a 35km da capital de Massachusetts.

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P.S.: A Final da Conferência Nacional fica para outra mensagem.

Racismo no futebol da Alemanha

Torcedores do Borussia Dortmund jogaram bananas no campo para provocar o goleiro Oliver Kahn do Bayern Munique em mais uma demonstração de racismo no futebol. Estranhamente, a turma do "politicamente correto" ainda não comentou a notícia...

P.S.: O jogo válido pela 18ª rodada do campeonato alemão terminou 3x2 para o Borussia. Tinga, ex-Grêmio e Internacional, marcou o gol da vitória.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

PAC, Metrô de Sampa, Presidência da Câmara

PAC

Quanto ao PAC, nenhum espanto. Much Ado for Nothing. É mais um projeto do governo cujos pompa, circunstância, holofotes e espaço na imprensa são muito maiores do que merecido. Nunca na história neste país, um governo fez tanta questão de alardear serviços prestados, mesmo quando não está fazendo nada. O PAC, a exemplo do que foi o Fome Zero e é o Bolsa-Família, é mais propaganda do que realidade. Junta-se tudo - como se fosse muita coisa - o que o governo JÁ vinha fazendo num único pacote, acrescenta-se um efeito que outro e..., voilà: A Salvação da Lavoura Nacional! Não dará certo porque não foi feito para dar certo.

Metrô de São Paulo

A questão do Metrô de São Paulo é de engenharia. Não adianta querer ideologizar o acidente. Eu não entendo de engenharia, o que dificulta falar sobre o assunto. Por isso mesmo, quero esperar os laudos técnicos para voltar ao debate. Contudo, sabe-se que: o contrato da obra NÃO se tratava de uma P.P.P. (Parceria Público-Privada), apontadas pelo governo federal como uma das soluções para o desenvolvimento nacional; o contrato previa fiscalização total da obra pelo governo do Estado; a decisão de construir a obra no subsolo foi da licitante; o Metrô jamais participou desse tipo de obra anteriormente, apenas da construção das estações. O excesso de chutes até agora, vai deixar muito jornalista e "especialista" com a língua queimada.

Presidência da Câmara

Trata-se de um assuntinho tão ordinário, tão menor, que falar sobre ele chega a ser forçado. Mas vamos lá. Primeiro, o PMDB gaúcho vai ter que dar muita explicação como a decisão de neutralidade significa apoio ao candidato do governo. A maior bancada invocar o princípio da proporcionalidade para justificar o voto em candidato de outro partido é surreal. O "murismo" de Rigotto tomou conta do partido. Segundo, o PFL anunciar apoio ao candidato do PCdoB, me fez voltar no tempo. Típica decisão de Movimento Estudantil. Na UNE, os liberais sempre votaram com os comunistas. Na única vez que participei, me retirei da reunião do partido quando minha proposta de abstenção foi derrotada. É inacitável. Além disso, como exigir dos tucanos e pepessistas apoio ao candidato do PFL à presidência do Senado, se o partido dá as costas a Fruet (PSDB)? Ridículo. É por isso que se perde todo o tesão em se falar de política.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Respondendo aos amigos

Antes só gostaria de agradecer ao Padre Antônio Vieira que deixou a companhia de Deus por uns instantes para passar aqui e deixar um recado.

AQUECIMENTO GLOBAL
Os engraçadinhos que escrevem neste blogue gostam de ser irônicos. Eu também. Mas não vou sê-lo hoje. Num espasmo de chatice (espasmo?!), vou explicar a piada... deles. O comentário, ou melhor, a previsão da geóloga não é para depois-de-amanhã! Se a vida vai se tornar complicada para os humanos pelas condições climáticas da Terra, isso ocorrerá em milhares, quiçás, milhões de anos. E não há nada o que se possa fazer contra isso. A Terra já esquentou e resfriou muitas vezes durante sua existência; antes, inclusive, que o homem descobrisse o capitalismo, that ol' "madafãca" bastard!

BRASIL
Ainda não li a entrevista do Armínio Fraga, mas creio que a herança, apesar de ser ibérica, não é a responsável pelo nosso fracasso. Maior prova disso é que a Espanha, praticamente a Ibéria toda, livrou-se disso. Carece de estudos mais aprofundados, mas creio que o nosso modelo está a nordeste da península, num Hexágono (muito) metido a besta (porém lindo)...

Quanto a separar e doar uns pedaços, em realidade sou contra. Do jeito que está, todavia, achoque seria a salvação. Só queria saber o que os acreanos fizeram ao Santana. Devolver o Estado à Bolívia é muita sacanagem...

MOJITOS
É o que nos resta, Santana!

NFL
Amanhã, Cabral. Vi ambas finais e foram dois jogaços.

terça-feira, janeiro 16, 2007

BLOGRENAL de volta, em definitivo!

Já está no ar a coluna "Gre-Nal" da Seção "Clássicos" do jornal "Mundo Esportivo". Ainda sem aquela cara particular, com duas barras de rolagem a separar as colunas, mas com o mesmíssimo conteúdo: toda a singularidade desta que é maior rivalidade do futebol brasileiro. Basta acessar http://mundoesportivo-classicos-grenal.blogspot.com ou o elo "Mundo Esportivo - Grenal" ao lado.

Os textos são de autoria do colorado Luís Cláudio Portinho Dias e do gremista Paulo Roberto Tellechea Sanchotene.

A cada terça-feira, haverá novos comentários sobre a semana da Dupla sob os pontos-de-vista azul e vermelho.

Em ano em que ambos os times disputam a Taça Libertadores da América, a leitura torna-se obrigatória.

Duas Notas (Alheias) sobre Aquecimento Global

Sol é a causa de aquecimento global, diz cientista
O aquecimento global do planeta deve-se em maior medida à atividade do Sol, e não ao "efeito estufa" causado pelos homens, afirmou hoje o diretor do Observatório Astronômico de São Petersburgo, Khabibullo Abdusamatov.

"O aquecimento global é resultado da elevada e prolongada atividade solar que aconteceu na maior parte do século passado, e não se deve ao efeito estufa", disse o cientista à agência russa Novosti. Contrariando a opinião da maioria das organizações de defesa do meio-ambiente, o cientista russo afirmou que a atividade industrial não influencia de forma determinante no clima do planeta, que ao longo dos séculos passou por períodos de aquecimento e esfriamento.
"A população não está em condições de influenciar no aquecimento global da Terra, que, após um período de aquecimento, sempre experimenta outro de esfriamento", disse Abdusamatov. Segundo o cientista, o alto nível de energia solar que chegou à Terra durante o século passado começou a cair nos anos 90 e, em conseqüência, o gradual aquecimento das águas dos oceanos foi detido.
"Entre os anos 2012 e 2015, a temperatura global da Terra começará uma lenta redução, que alcançará os níveis mínimos entre 2055 e 2060", previu. Esse esfriamento será semelhante ao observado entre 1645 e 1715 e que afetou Europa, América do Norte e Groenlândia, e que coincidiu com uma diminuição da atividade solar, período no qual rios europeus como o Tâmisa e o Sena congelaram, afirma o cientista.
Abdusamatov acrescentou que esse período de esfriamento durará pelo menos 50 anos e que, até o século XXII, a Terra começará novamente outra fase de aquecimento global.
EFE
fonte: Agência Efe - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência Efe S/A., em http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1348481-EI299,00.html
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Além da atividade solar, o fator que mais influencia o clima (ventos, correntes oceânicas e clima por regiões) são as áreas de geração de magma na crosta oceânica (em menor escala as áreas de vulcanismo continental). Estas áreas, como por exemplo o cinturão de fogo nas regiões da Polinésia-Japão, é que irão determinar fenômenos como o El Nino que modifica temporariamente o clima de uma grande região. As áreas de geração de magma não são "fixas" e dependem de uma instabilidade na interface manto inferior-superior, que atualmente tentamos explicar fisicamente com a teoria da instabilidade Rayleigh ou então geometria de fractais, e que explicam a tectônica de placas e a movimentação das mesmas... mas uma coisa é certa, o homem não tem condições de modificar o clima da Terra, o aquecimento virá com certeza, como já ocorreu outras tantas vezes, e a Amazônia vai sim virar um deserto (e temos explicações científicas, paleogeográficas para isso!)

Provavelmente a vida por aqui será complicada para seres com estruturas de carbono, como nós... mas com certeza não tem nada que possamos fazer contra isso!
O problema imediato, o microclima, este sim pode ser amenizado com atitudes que permitam que o ar circule, que a Terra resfrie no período noturno, e facilitando que o CO2 emitido seja reciclado pelo fitoplancton (as florestas não são o "pulmão do mundo" o fitoplancton que é). Coisas "simples" como menos asfalto, menos concreto, menos indústrias, menos gente no mundo, menos poluição nas áreas de recargas de aqüíferos....ou seja, bem "facinho" de resolver!
Outra coisa, temos registros do "buraco de ozônio" desde o Cambriano (mais ou menos 500 Ma atrás)... ele aumenta e diminui e muda de lugar desde então! Nenhuma novidade!
fonte: Resposta anônima à notícia acima, enviada por Luís Afonso Assunção.

domingo, janeiro 14, 2007

Enquanto isso, a situação complica-se um "pouco" mais...

Dossiê secreto: MST tenta criar "território livre" no interior do RS
11.01.07 08:41

Os setores de inteligência da Brigada Militar descobriram que a estratégia de atuação do MST no RS tem o apoio logístico de organizações estrangeiras, inclusive das FARC, grupo narcotraficante marxista da Colômbia, de quem adotou a estratégia de “libertar” e exercer o domínio territorial da área que fica entre as RS-324 e BR-386, exatamente no perímetro que cobre seus 31 acampamentos e as reservas indígenas entre os municípios de Palmeira das Missões, Irai, Nonoai, Encruzilhada Natgalino, Pontão e Passo Fundo.
. É só o começo.
. A idéia é criar um “território livre”, sobre o qual não mandará nem o governo federal e nem o governo estadual, onde o regime seguirá exatamente o modelo cubano, como já acontece em “áreas libertas” da Colômbia.
. Isto é o que explica a insistência do MST em tomar a Fazenda Coqueiros, da família Guerra, em Carazinho.
. As outras propriedades rurais localizadas no mesmo perímetro serão tomadas à força, adquiridas ou desapropriadas pelo governo do PT.
. Como age o MST ? Invade, esbulha, comete crimes, usa armas, rouba, furta e explora até menores.Seus métodos de ação são parecidos com os da guerrilha rural. Armas ? Leia o que disse o coronel Cerutti, comandante regional da Brigada Militar no Planalto, num almoço que teve a pedido do editor desta página: “Usam cordel de tropeço, estacas panjo, miguelitos e bombas molotov”. Por enquanto.
. O dossiê da Brigada existe ou é invenção ? Roga-se ao leitor que duvida, entrar em contato com o juiz Orlando Faccini Neto, da 3a. Vara Cível de Carazinho. O documento está num dos processos criminais sobre os quais já falou o juiz. Você pode falar também com Paulo Guerra, da família assediada da Fazenda Coqueiros. LEIA, também, o livro “A Democracia Ameaçada”, de Denis Rosenfield, Topbooks, 382 páginas, que trata do MST e seu lado teológico-político na luta contra a liberdade. Se você não conseguir, peça um exemplar pelo e-mail polibiob@plugin.com.br. O preço é de R$ 40,00, mais despesas de remessa.

fonte: http://www.polibiobraga.com.br/

João Bonsenso

Aproveitando-se a introdução do texto abaixo, algo que sempre faltou no Brasil foi bom senso. Lembro de um dos críticos do "pacote" da governadora Yeda rejeitado na Assembléia que disse: "um pacote desses, que tenta resolver o problema do Estado com aumento de impostos e corte de despesas, nós não vamos aceitar". 'Pera'í um pouquinho, quem foi que deu um microfone para esse cara?! Qual a solução, cara-pálida? É óbvio que o pacotaço era ruim, acho que pode-se fazer algo melhor pelo Estado, mas a governadora, deve-se reconhecer, apresentou um projeto equilibrado em que todos pagariam um pouco pela crise do Estado. A questão é que o problema do Brasil - e do RS - não é financeiro. Não falta dinheiro! Contudo, gasta-se - muito - mal e esmaga-se a sociedade desorganizada com leis e regras sufocantes e inúteis. Enfim, no Brasil queima-se florestas para assar porcos...

A questão do Brasil é cultural e, portanto, mais dificíl de ser resolvida. O Estado que os portugueses criaram aqui, mesmo após a Independência e a República, segue vivo. A estrutura não mudou. A Coroa sempre via-se como a raison d'étre da nação, ou seja, tudo deveria girar em torno dela, tudo deveria funcionar para ela e como ela quisesse. Nada mudou. Continuamos a trabalhar para o Estado, da forma como permite e deseja o Estado. A riqueza do Brasil confunde-se com a riqueza do Estado. O Brasil é um país de oportunidades dentro da estrutura estatal. Todos sonham com um emprego público e estabilidade. E, quando finalmente conseguem, querem receber cada vez mais pelo cargo que exercem.

Os do-lado-de-fora - eu já saí e entrei algumas vezes, agora sou um desses - sentem-se desamparados. Entretanto, ao invés de se atacar a raiuz do problema, exige-se maior intervenção d'os-de-dentro, como se fosse possível incluir a todos na mamata. Por exemplo, na última eleição, as reforma liberais foram pisoteadas, cuspidas, rasgadas sem que houvesse voz a defendê-las. Mas, mesmo que houvesse, sinto que elas mesmas são superficiais. Elas enfrentam as conseqüências. No mais, continuaríamos com essa mentalidade cartorária, burocrática e estatólatra que impede qualquer crescimento, seja social, econômico ou cultural.

O problema está tão abaixo do mar-de-lama que é difícil exergá-lo. Ao ler as notícias políticas brasileiras, inclusive as do caderno de economia dos jornais (!!), penso que todas elas são derivadas de um ponto comum. Dizem que "pau que nasce torto nunca se endireita". Parece, infelizmente, ser o nosso caso. O dia em que conseguirmos alcançar a raiz, creio que, envergonhadamente, acharemos graça do Brasil...

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Deveria ser o Preâmbulo da Constituição

A FÁBULA DOS PORCOS ASSADOS

Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde se encontravam alguns porcos. Estes foram assados pelo incêndio. Os homens, acostumados a comer carne crua, experimentaram os porcos assados e acharam deliciosos. Logo, toda vez que queriam comer carne assada incendiavam o bosque...
O sistema foi desenvolvido e aperfeiçoado. Mas nem sempre as coisas iam bem: às vezes os animais ficavam queimados ou parcialmente crus; outras, de tal maneira queimados que era impossível utilizá-los. Como era um procedimento montado em grande escala, isso preocupava muito a todos, porque, se o Sistema falhava, as perdas ocasionadas eram igualmente grandes. Milhões de pessoas alimentavam-se só de carne assada e também muitos eram os que tinham ocupação nessa tarefa. Portanto, o Sistema simplesmente não devia falhar. Mas, curiosamente, à medida que se fazia em maiores escalas, mais parecia falhar e maiores perdas parecia causar.
Em razão das deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a necessidade de se reformar profundamente o Sistema. Tanto assim que, todos os anos, realizavam-se congressos, seminários, conferências e jornadas para achar a solução. Mas parece que não acertavam o melhoramento do mecanismo, porque no ano seguinte repetiam-se os congressos, os seminários, as conferências e as jornadas. E assim sempre.
A causa do fracasso do Sistema, segundo os especialistas, podiam ser atribuídas ou à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deviam, ou à inconstante natureza do fogo, difícil de controlar, ou às árvores excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de informações meteorológicas que não acertava o lugar, o momento e a quantidade de chuva, ou...
Como se vê, as causas eram difíceis de determinar, porque na verdade, o Sistema para assar os porcos era muito complexo. Fora montado uma grande estrutura; uma enorme maquinaria com inúmeras variáveis tinha sido institucionalizada. Havia indivíduos dedicados a acender – os incendiadores – que, ao mesmo tempo, eram especialistas de setores.
Havia incendiadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., incendiadores noturnos, diurnos, com especialização matutina e vespertina, incendiadores de verão, inverno, com disputas jurídicas sobre o outono e a primavera.
Havia especialista em vento, os anemotécnicos, um Diretor Geral de Assamento e Alimentação Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas ( com seu conselho geral de assessores), um Administrador Geral de Florestação Incendiável, uma Comissão Nacional de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o BODRIO (Bureau Orientador de Reformas Ígneo-Operativas).
O BODRIO era tão grande, que tinha um inspetor de reformas para cada 7.000 porcos, aproximadamente. E era precisamente o BODRIO que propiciava anualmente os congressos, os seminários, as conferências e as jornadas. Mas isto só parecia servir para incrementar o BODRIO em burocracia. Tinha se projetado e encontrava-se em pleno crescimento a formação de novos bosques e selvas, seguindo as últimas indicações técnicas ,em regiões escolhidas segundo determinada orientação, onde os ventos não soprassem mais de 3 horas seguidas e houvesse reduzida porcentagem de umidade. Havia milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques a serem incendiados.
Alguns especialistas eram enviados para a Europa e os EUA, com a missão de estudar a importação das melhores madeiras, árvores, sementes, fogos melhores e mais potentes, além de pesquisar idéias operativas, por exemplo, como fazer buracos para que neles caíssem os porcos.
Havia também grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, mecanismos para deixá-los sair no momento oportuno, técnicos em sua alimentação, etc. Havia construções de estábulos para porcos, professores formadores de especialistas na construção de estábulos para porcos, universidades que preparavam os professores formadores dos especialistas na construção dos estábulos para porcos, fundações que apoiavam os investigadores que davam o fruto do seu trabalho às universidades que preparavam os professores formadores na construção de estábulo para porcos, etc.
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo após Va -1 pela velocidade do vento sul, soltar os porcos 15 minutos antes que o fogo-promédio da floresta alcançasse 47°; outros diziam que era necessário instalar grandes ventiladores que serviriam para orientar a direção do fogo e assim por diante. Poucos especialistas estavam de acordo entre si e cada um tinha investigações e dados para provar suas afirmações.
Um dia, um investigador da categoria SO/DM/VCH , chamado João Bonsenso falou que o problema era muito fácil de se resolver. Tudo consistia, segundo ele, primeiramente, em matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal e colocando-o, posteriormente, numa jaula metálica ou armação sobre brasas, até que o efeito do calor e não das chamas, o assasse ao ponto.
Ciente, o Diretor Geral de Assamento mandou chamá-lo e perguntou que coisa esquisita ele andava falando por ali. Depois de ouvi-lo, disse-lhe:
- O que o senhor fala está bem, somente na teoria. Não vai dar certo na prática. Pior ainda, é impraticável. Vamos ver: o que o senhor faria com os anemotécnicos , no caso de se adotar o que está sugerindo?
- Não sei, respondeu João.
- Onde vai por os acendedores das diversas especialidades?
- Não sei.
- E os indivíduos que foram ao estrangeiro para se especializar durante anos e cuja formação custou tanto ao país? Vou pô-los para limpar porquinhos?
- Não sei.
- E os que têm se especializado todos esses anos em participar dos congressos, seminários e jornadas para a Reforma e Melhoramentos do Sistema? Se o que você fala resolve tudo, que faço com eles?
- Não sei.
- O senhor percebe agora que a sua solução não é aquela de que todos nós necessitamos? O senhor acredita que, se tudo fosse tão simples, os nossos especialistas não teriam achado a solução antes? Veja só! Que autores falam isso? Que autoridade há para avaliar sua sugestão? O senhor, por certo, imagina que eu posso dizer aos engenheiros em anemotécnica que é questão de por brasinhas sem chamas! O que eu faço com os bosques já preparados, no ponto de serem queimados, que somente possuem madeira apta para fogo-em-conjunto, cujas árvores não produzem frutos, cuja falta de folhas faz com que não prestem para dar sombras? O que faço? Diga-me !!!
- Não sei.
- O que faço com a Comissão Redatora de Programas Assados, com seus Departamentos de Classificação e Seleção de Porcos, com a Arquitetura Funcional de Estábulos, estatística, população, etc. ?
- Não sei.
- Diga-me: o Engenheiro em Porcopirotecnia, o Sr. J.C da Figuração, não é uma extraordinária personalidade científica?
- Sim, parece que sim.
- Bem, o simples fato de possuir valiosos e extraordinários engenheiros em Porcopirotecnia indica que o Sistema é bom. E que faço com indivíduos tão valiosos?
- Não sei.
- Viu? O senhor tem é que trazer solução para certos problemas: como fazer melhores anemotécnicos , como conseguir mais rápido acendedores do Oeste (que é a nossa maior dificuldade), como fazer estábulos de oito andares ou mais, em lugar de somente sete, como até agora. Tem que melhorar o que temos e não mudá-lo. Traga-me uma proposta para que nossos bolsistas na Europa custem menos, ou mostre-me como fazer uma boa revista para análise profunda do problema da Reforma do Assamento. É disso que necessitamos. É disso que o país necessita. Ao senhor falta sensatez, senso – comum ! Diga-me, por exemplo, o que faço com meu bom amigo (e parente), o Presidente da Comissão para o Estudo de Aproveitamento Integral dos Resíduos dos Ex-Bosques?
- Realmente, estou perplexo! - falou João.
- Bem, agora que conhece bem o problema, não diga por aí que o senhor conserta tudo. Agora, o senhor vê que o problema é mais sério e não tão simples como o senhor imaginava. Tanto os de baixo como os de fora dizem: “Eu conserto tudo”. Mas tem que estar dentro para conhecer os problemas e saber das dificuldades. Agora, cá entre nós, recomendo-lhe que não insista com sua idéia, porque isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo. Não por mim! Eu falo pelo seu próprio bem, porque eu o compreendo, entendo seu posicionamento, mas o senhor sabe que pode encontrar outro superior menos compreensivo. O senhor sabe como são, às vezes, não é?
João Bonsenso, coitado, não falou um “A”. Sem despedir-se, meio assustado e meio atordoado com a sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu e nunca mais ninguém o viu. Não se sabe para onde foi. Por isso é que, até hoje é costume dizer que, na tarefa de reforma e melhoria do Sistema, falta o bom senso.
Artigo originalmente publicado em: Juicio de la Escuela; CIRIGLIANO, F. T. Editorial. Humanitas, Buenos Aires,1976.

domingo, janeiro 07, 2007

A partida que vi: Dallas Cowboys x Seattle Seahawks

O jogo em si foi péssimo, mas teve seus momentos. E que momentos!

Ambos os times tinham enorme dificuldade de mover a bola. No intervalo, o jogo estava 10-6 para os Cowboys. No terceiro quarto, finalmente, o Seattle consegue sustentar um drive decente, apesar de ter convertido DUAS VEZES em quarta descida, e marcar um touchdown: 13-10. A felicidade durou só tempo do novato Miles Austin correr 93 jardas e marcar seu primeiro touchdown, na Liga, no retorno do chute de reínicio: 17-10. O Dallas ainda voltou a pontuar num field goal de 29 jardas, no quarto quarto. Para vocês entenderem o que significa chutar dessa distância, os Cowboys levaram a bola até a linha de 11 jardas do Seahawks. Decidiram chutar numa 4ª-2: 20-10.

A partir daí, o jogo enlouqueceu.

O Seattle recebeu a bola em SEA27 e a levou, sem sobressaltos até a linha de DAL1. Eram 4 chances para avançar uma jarda e marcar! Primeira jogada, o halfback (ou running back), MVP 2005 Shaun Alexander, pressionado, correu para trás e foi derrubado em DAL8. Duas jogadas depois, a bola estava em DAL2 para a última chance dos S'hawks. Eles poderiam chutar (20 jardas) e reduzir a diferença para sete pontos, mas resolvem tentar o touchdown. Passe incompleto, e a bola passou a ser do Dallas, com 10 pontos de vantagem e faltando 6'42" para o fim do jogo.

No primeiro lance, o quarterback Tony Romo fez um passe curto para o wide reciever Terry Glenn. Este teve dificuldade de pegar a bola e após o calço deixou-a escapar. Nesses casos, a bola passa a ser de quem pegar. Aos trancos e barrancos, ela voltou para end zone dos Cowboys e foi espetacularmente recuperada pelo Seattle. Os juízes marcaram touchdown, mas a decisão foi contestada pelo treinador de Dallas. Após rever a jogada, o árbitro voltou a trás, pois o jogador que pegara a bola estava fora do campo, e marcou um safety (gol contra, que vale 2 pontos e dá o direito de ter a posse de bola no próximo drive): 20-15, bola de Seattle.

O próximo drive, os S'hawks começaram na metade do campo. A última linha de defesa do Dallas, chamada de "secundária", é o ponto fraco da equipe. Na quarta jogada (1ª-10), em DAL37, o quarterback do Seattle, Matt Hasselback, encontrou o tight end Jerramy Stevens desmarcado e este correu para o touchdown: 21-20. Seattle resolveu ir para dois no ponto extra, isto é, em vez de chutar, tentaram um mini-touchdown. Falharam.

A bola voltou aos Cowboys, agora com um ponto atrás e faltando 4'24". Tudo o que precisavam era pontuar, fosse field goal ou touchdown, e segurar o ataque de Seattle uma vez. Saíram de DAL28 e foram até SEA8, numa terceira para sete. Ao invés de tentar o touchdown, Dallas buscou conquistar uma primeira descida, num passe para o tight end Jason Witten. Os juízes concederam a primeira descida, mas o juiz da cabine resolveu que a jogada era polêmica e convocou o árbitro a revê-la. A decisão foi revertida, pois faltaram algumas polegadas. O que era 1ª-Gol em SEA1 virou 4ª-polegadas em SEA2, com 1'30" para acabar.

Os Cowboys decidiram chutar. O chute era simples, 20 jardas. O kicker do Dallas, argentino, havia convertido um de 29 e outro de 50 nesse jogo. O quarterback de Dallas é também o holder, aquele que ajeita a bola para o chute. Ele recebeu a bola, pegou-a, mas quando foi ajeitá-la, escapou-lhe. É fácil de imaginar, basta lembrar da Turma do Snoopy. A Lucy sempre tira a bola quando o Charlie Brown vai chutá-la. Foi igual! Desesperado, Romo pegou a bola e saiu correndo numa tentativa de concertar a cagada. Precisava, no mínimo, chegar até a linha de 1 jarda. Ele correu caçado pelos jogadores do Seattle; SEA7, SEA6, SEA5, SEA4, SEA3,... calçado em SEA2! A bola era dos Seahawks, com um ponto de vantagem, faltando 1'14"!

O Seattle conseguiu mover a bola até a sua linha de 24 jardas. Mas não conseguiram a derradeira primeira descida e resolveram devolver a bola para os Cowboys com um punt numa quarta decida para 8. Faltavam 8" e toda aquela tensão. O passe para o punter foi péssimo, ele quase perdeu a bola, quase errou o chute. Mas, foi quase.

A bola fica no meio do campo, faltando 2". Última chance e os Cowboys tentaram uma jogada chamada "Ave Maria", isto é, arremessaram do jeito que deu a bola na end zone e fosse o que Deus quisesse...

Vitória de Seattle!

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Os resultados da etapa de repescagem:
AFC
Kansas City Chiefs 8 x 23 Indianapolis Colts
New York Jets 16 x 37 New England Patriots
NFC
New York Giants 20 x 23 Philadelphia Eagles
Dallas Cowboys 20 x 21 Seattle Seahawks

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Final de semana que vem, é a etapa divisional. Os jogos são os seguintes: pela AFC, em São Diego, Patriots x Chargers, e em Baltimore, Colts x Ravens; pela NFC, em Chicago, Seahawks x Bears, e em Nova Orleans, Eagles x Saints.

sábado, janeiro 06, 2007

Futebol Americano

Tenho uma paixão pelo futebol americano. Há uma boa explicação do esportetanto no wikipedia, através da página http://en.wikipedia.org/wiki/American_football, como no http://www.phillyburbs.com/football101/. São excelentes. Para aqueles que tem um conhecimento básico do esporte, sugiro o saite do Football Outsiders, cujo elo encontra-se ao lado. Efetivamente, te faz ver o jogo com outros olhos.

Hoje, haverá Chiefs x Colts, no RCA Dome em Indianópolis, e Cowboys x Seahawks, no Qwest Field em Seattle. Amanhã, haverá Jets x Patriots, no Gillette Stadium em Boston, e Giants x Eagles, no Lincoln Financial Field em Filadélfia. Desses o único jogo que potencialmente será uma lavada é Jets-Patriots em favor dos donos da casa. Dos outros três, Chiefs-Colts é aquele que deve ter o maior placar, as duas defesas são ruins, mas são ainda piores contra a melhor arma de ataque do adversário! Giants-Eagles é clássico e, apesar do time da casa ser melhor, tudo pode acontecer (na primeira fase, cada time ganhou um jogo e fora de casa). Por fim, Cowboys-Seahawks é o mais imprevisível, estando os dois times muito mal.

Todos os jogos terão transmissão da ESPN Internacional.

Meus palpites? Colts, Seahawks e Patriots. Os Giants eu voto, só porque são o time que eu torço.

Ainda vou escrever um resumo sobre o jogo, em português, tiradas dos saites acima. Aguardem!

quarta-feira, janeiro 03, 2007

ETA voltou a agir na Espanha

No final do ano passado, um furgão-bomba explodiu destruindo o Terminal n.° 4 do Aeroporto de Barajas, em Madrid. O ETA assumiu o atentado, decretando o fim do cessar-fogo garantido em março. A ação resultou em dois mortos e pelo menos 19 feridos.

As repercussões políticas foram imediatas. Os governistas tentam equiparar ao que houve em 1998, quando o ETA rompeu outro acordo de paz, só que durante o governo Aznar (Partido Popular). Ora, a partir dali o PP determinou que, se dependesse dele, não haveria mais conversa. Agora, o governo do Partido Socialista Operário Espanhoa (PSOE) afirma ter sido igualmente surpreendido após retomada das negociações.

Como assim, "igualmente"?! Não aprendem com experiências alheias?!

O pior é ver, ainda, o PSOE reclamando que o PP, ao invés de ajudar, está a tentar favorecer-se politicamente com a tragédia. E as últimas eleições, em que o atentado no metrô de madrid decidiu a eleição em favor dos socialistas? Só vale para um lado?!

Pelo menos, o Ministro do Interior já declarou que estão rompidas as negociações. Zapatero, o presidente, falara em "suspensas".

Melhor agora...

Um amigo escreveu uma pequena fábula que deve servir de ensinamento a todas as autoridades daqui em diante:

O Sapateiro e o Escorpião, por Jorge Santana

Era uma vez um sapateiro que sonhava em ir muito além das chinelas. Queria ser Rei de Espanha. Sonho impossível, não fosse por uma dessas voltas que a vida dá.

Andando por uma ruazinha escura, ele tropeçou numa lamparina. Curioso, abaixou, pegou a coisa e a esfregou. Imediatamente, fez se ouvir um estrondo, como se fossem trens explodindo. Ato contínuo, um terrorista saiu da lamparina e lhe prometeu:

- Rei não dá pé, meu amo, mas primeiro-ministro, com certeza, te faço!

E a promessa se cumpriu: o terrorista mandou alguns trens pelos ares e o sapateiro tomou posse do seu país. Mas como não era muito inteligente, generalizou. Passou a ver em todo terrorista um gênio disposto a alavancar sua carreira. Daí que tratou de esticar tapetes vermelhos para todos os que encontrou pela frente.

Mas como, na verdade, terrorista é que nem escorpião, meio que de surpresa, o sapateiro foi bombado. Mostrando sua verdadeira índole, os protegidos do primeiro-ministro explodiram seu governo.

Doravante, restará ao sapateiro passar noites perambulando pelos becos escuros de sua alma à procura de outra lamparina.